quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto


Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto (Caminho)
Ano: 2002

Sinopse:
"Um jovem estudante universitário regressa à sua ilha-natal para participar no funeral de seu avô Mariano. Enquanto aguarda pela cerimónia ele é testemunha de estranhas visitações na forma de pessoas e de cartas que lhe chegam do outro lado do mundo. São revelações de um universo dominado por uma espiritualidade que ele vai reaprendendo. À medida que se apercebe desse universo frágil e ameaçado, ele redescobre uma outra história para a sua própria vida e para a da sua terra.
A pretexto do relato das extraordinárias peripécias que rodeiam o funeral, este novo romance de Mia Couto traduz, de uma forma a um tempo irónica e profundamente poética, a situação de conflito vivida por uma elite ambiciosa e culturalmente distanciada da maioria rural.
Uma vez mais, a escrita de Mia Couto leva-nos para uma zona de fronteira entre as diferenças racionalidades, onde percepções diversas do mundo se confrontam, dando conta do mosaico de culturas que é o seu país e das mudanças profundas que atravessam a sociedade moçambicana actual."

Este foi o segundo livro de Mia Couto que li, depois de Jesusalém, e posso dizer que fiquei rendido à sua forma de escrever. À sua sensibilidade, às suas metáforas, aos elementos que coloca na história, à sua forma própria de escrita.
Este não é um livro genial, longe disso, na minha opinião. Muito por culpa talvez da minha ignorância, porque quando leio Mia Couto fico com a sensação de que houve algo no livro que não percebi. Este livro tem alguma fantasia mas que, a meu ver, nada prejudica a história.
Ao segundo livro lido do autor, posso dizer que Mia Couto é um nome que recomendo.

Escrita: 8/10
História: 6/10
Ligação do leitor às personagens: 5/10
Geral: 6.5 /10

Hugo Pinto

1 comentário:

  1. Após a leitura deste livro senti a mesma desilusão que sentiste após leres o "Rebeldes" e o "A Herança de Eszter". Este livro até pode ser estar bem escrito, etc... mas comparando ao "Jesusalém" não passa de um qualquer aglomerado de palavras. Não aconselho a leitura deste livro a quem já leu o "Jesusalém".

    ResponderEliminar