tag:blogger.com,1999:blog-5334269092639251652024-03-05T06:07:15.724+00:00Capítulo NossoUm espaço para comentar livros, sugerir leituras e deixar as vossas passagens favoritas.Unknownnoreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-21221574625030069262014-10-07T02:12:00.001+01:002014-10-08T19:50:33.336+01:00As afinidades electivas - J. W. Goethe<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibSnIb3d5z7t_vyAyBqG0RJ8LL6qXlxoMkemyacqyU0KYS_N3kPaUjtTUyUnG3bv5T3Xnj-AL9SZs90kfSq7s1mWDGWLZKdawCkMKMwLP2rdOiLYXO52ymA7Favxa2xg2z2QfRWfLQj_s-/s1600/9789727085248.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibSnIb3d5z7t_vyAyBqG0RJ8LL6qXlxoMkemyacqyU0KYS_N3kPaUjtTUyUnG3bv5T3Xnj-AL9SZs90kfSq7s1mWDGWLZKdawCkMKMwLP2rdOiLYXO52ymA7Favxa2xg2z2QfRWfLQj_s-/s1600/9789727085248.jpg" height="320" width="194" /></a></div>
As afinidades electivas, de J.W. Goethe (Relógio d'água)<br />
<b>Título original:</b> <span class="st"> Die Wahlverwandtschaften</span><br />
<b>Ano:</b> 1809<br />
<b>Tradução para a Língua Portuguesa</b>:<span class="a" style="color: #231f20; left: 784px; top: 2791px;"> Maria Assunção Pinto Correia </span><br />
<span class="a" style="color: #231f20; left: 784px; top: 2791px;"><br /></span>
<span class="a" style="color: #231f20; left: 784px; top: 2791px;"><b>Sinopse: </b></span><br />
As Afinidades Electivas é um romance que prefigura, logo que chega ao
espaço público do seu tempo, em 1810, o romance do futuro, de Flaubert e
Stendhal a Fontane e Thomas Mann. Internamente, a prefiguração
simbólica será também um dos seus mais conseguidos recursos estruturais,
numa constelação em que os destinos cruzados das personagens revelam um
interesse novo pelos meandros mais profundos da alma humana e pelos
mecanismos da paixão, criando efeitos verdadeiramente surpreendentes. A
genialidade deste romance parece estar nessa desconcertante inversão
permanente do(s) sentido(s), na quebra constante de todas as
expectativas do leitor e do género romanesco, acumulando e cultivando,
capítulo a capítulo, contradições e ironias, num processo comunicativo
novo. Pode bem dizer-se que o fio condutor de "As Afinidades Electivas" é
uma constelação melancólica que a cada página nos faz deparar com
motivos da disposição da alma saturnina. Na oposição entre a presença de
forças míticas obscuras e o mundo, mais maravilhoso e frívolo que
mítico, da "féerie" do canto do cisno da sociedade aristocrática, viu
Walter Benjamin a chave deste romance de Goethe.<br />
<br />
É sempre ingrato criticar ou comentar alguém que admiramos, ainda para mais aquele que é por muitos considerado o pai do conhecimento europeu. Felizmente a sinopse que acompanha esta edição da Relógio d'água traz já suficientes críticas (e melhores do que eu seria capaz), pelo que me resta apresentar por alto o enredo deste livro. Antes disso queria acrescentar apenas que estas <i>Afinidades electivas</i> são o segundo livro que leio do autor, depois de <i>Werther</i>, que ainda não foi comentado aqui no blog apenas por se tratar de um livro que me é muito querido, de forma a que os comentários sobre ele seriam tudo menos imparciais. Encontro-me de momento a ler o terceiro livro de Goethe,<i> Os anos de aprendizagem de Wilhem Meister</i>, e se o faço é porque os dois anteriores me deixaram uma impressão muito positiva relativamente à escrita de Goethe que, por ser um gigante da cultura ocidental, parece assustar quem me encontra a ler as suas obras, por pensarem que se trata de matérias eruditas e complicadas, o que não é o caso.<br />
Agora relativamente ao enredo do livro, é difícil explicá-lo sem revelar informações que possam estragar a surpresa da leitura, por isso terei de fazê-lo em contornos um pouco gerais.<br />
Eduard e Charlotte são um casal aristocrata que vive numa vasta propriedade onde passam o tempo, entre outras coisas, sobretudo a arranjarem o espaço exterior da mansão de forma a torná-lo no seu ideal de jardim. De facto, o espaço exterior da mansão, os seu lagos, capelas, casas escondidas, são como uma personagem simbólica do romance que não deve ser ignorada. Porém, a tranquilidade da ocupação do casal é de repente comprometida quando duas visitas, o Capitão e Ottilie, a sobrinha de Charlotte, se envolvem em laços de aproximação com o casal anfitrião. Desde a chegada dos dois visitantes, a vida dos quatro nunca mais voltará a ser a mesma.<br />
Como não consigo ser imparcial para avaliar Goethe, gostava apenar de sugerir aos nossos leitores que se dêem ao prazer de poder ler alguma obra romântica sua, porque logo descobrirão que a erudição de Goethe não interfere na clareza com que expõe os seus temas, fazendo com que não sejam livros pesados e chatos, mas romances belos que revelam uma consciência e sabedoria transversal a várias matérias.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-55670938778535276612014-09-23T20:59:00.005+01:002014-09-23T21:01:04.973+01:00A mulher certa - Sándor Márai<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0YjScU3lmuBT4ImEUkx5Fehv8sxRx2RE2VgH8WMKoIHI-8-5f0cqSJHpG8Qa3nm-pGqd8CfVpaJsCAbGur7ASwyAcNU9K-ROn_N9HpXMkskvTYxkBuydn6b7ZUQnh3KQN0bl6tJnQ8QKC/s1600/amc.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0YjScU3lmuBT4ImEUkx5Fehv8sxRx2RE2VgH8WMKoIHI-8-5f0cqSJHpG8Qa3nm-pGqd8CfVpaJsCAbGur7ASwyAcNU9K-ROn_N9HpXMkskvTYxkBuydn6b7ZUQnh3KQN0bl6tJnQ8QKC/s1600/amc.jpg" height="320" width="211" /></a></div>
<i>A mulher certa</i>, de Sándor Márai (D. Quixote)<br />
<b>Título original:</b> Az Igazi Judit...és az utóhang<br />
<b>Ano:</b> 1980<br />
<b>Tradução para a Língua Portuguesa</b>: Ernesto Rodrigues<br />
<br />
<b>Sinopse:</b><br />
Em Budapeste uma mulher conta a uma amiga como descobriu o adultério do seu marido. Por outro lado, um homem confessa a um amigo como abandonou a sua mulher por outra, e uma terceira mulher revela ao seu amante como se casou com um homem endinheirado para sair da pobreza.<br />
Três vozes, três pontos de vista, três sensibilidades diferentes desvendam uma história de paixão, mentiras e crueldade.<br />
<br />
Neste livro observamos, com uma profundidade própria da escrita de Márai, os pontos de vista de três personagens envolvidas
num triângulo amoroso. Por um lado temos Marika, que conta a uma amiga como, por acidente, descobriu um dia que o marido estava entregue de corpo e alma à paixão por uma outra mulher. Por seu lado, Peter, ex-marido de Marika, explica a um seu amigo como deixou a sua esposa para se casar com a mulher que desejava há anos. No final, vemos o ponto de vista de Judit, que conta ao seu novo amante como casou com um homem rico para sair da sua situação social, casamento esse que ruiu ao deparar-se com o ressentimento e vingança.<br />
Um a um, vamos descortinando os pontos de vista das três personagens centrais da obra, ficando com a impressão que, no caso deste adultério, as vítimas não são vítimas e os culpados não existem.<br />
A mulher certa é para mim, a par de <a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html"><i>As velas ardem até ao fim</i></a>, o melhor, mais sábio e profundo romance de Sándor Márai. Nota-se nesta obra a mestria do autor não só em criar uma história com um enredo verosímil, mas também na descrição dos espaços e da própria época e, acima de tudo, na profundidade e dimensionalidade das suas personagens. De facto, Márai é mestre em criar, dissecar e solucionar conflitos interiores nas personagens e é sobretudo disso que este romance trata. A paixão, o ciúme, a traição, a amizade, a solidão, o desejo, a vida, a morte e a busca incessante para se compreender as causas e efeitos do verdadeiro amor, são temas já comuns nas obras do autor húngaro, que Márai volta a tratar com uma delicadeza íntima e um sentido estético muito seu característico.<br />
<br />
<i>Escrita: 10/10<br />História: 9/10<br />Ligação do leitor às personagens: 1010<br />Geral: 9,5/10</i>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-44920510596585133582014-09-22T19:58:00.000+01:002014-09-22T20:14:46.101+01:00A morte de Ivan Ilitch - Lev Tolstoi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6mLVIEl9bmL5oeAPjbzZLTQqS5UgqbcyedGe6yBVgKLoLmPkPxza-KXkAIkvLaBMOn-TbH7B7qJ5tXS8sg_6vQ6AUJdoT5pAaDKH9prozWenqTEoee9LhSe10ZhnYAq2KCxPq8yHAq6H/s1600/am.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6mLVIEl9bmL5oeAPjbzZLTQqS5UgqbcyedGe6yBVgKLoLmPkPxza-KXkAIkvLaBMOn-TbH7B7qJ5tXS8sg_6vQ6AUJdoT5pAaDKH9prozWenqTEoee9LhSe10ZhnYAq2KCxPq8yHAq6H/s1600/am.jpg" height="320" width="211" /></a></div>
<i> A morte de Ivan Ilitch</i>, de Lev Tolstoi (Leya)<br />
<b>Título original:</b> <span class="st">Смерть Ивана Ильича (Smert' Ivana Ilyicha)</span><br />
<b>Ano:</b> 1886<br />
<b>Tradução para a Língua Portuguesa:</b> António Pescada<br />
<br />
<b> Sinopse:</b><br />
Aclamada como uma das maiores obras-primas sobre a temática da morte, esta é a história de Ilitch,
um juiz respeitado que, apercebendo-se da morte próxima, se interroga
sobre as suas escolhas, percurso de vida e a mentira em que vive.
<br />
<br />
Diz ainda António Lobo Antunes sobre este livro:<br />
"Este livro tão breve, uma das maiores obra-primas do espírito humano, tem sido, desde a sua publicação, um motivo de controvérsia para a crítica: trata-se de uma obra sobre a morte ou de uma obra que nega a morte?"<br />
<br />
Neste pequeno romance seguimos a vida de Ivan Ilitch, um juíz que durante toda a sua vida seguiu o jogo das aparências, quer no seu trabalho como no seu casamento e relações sociais. É, de facto, por este o motivo que, ao vêr-se às portas da morte, é abandonado à sua dor nos últimos meses da sua doença. <br />
Ilitch vê assim que, para os outros, a sua inevitável morte é vista como uma oportunidade de promoção profissional. Em segredo, amigos e colegas queixam-se do prolongamento da sua doença que só tarda em definir as novas posições sociais e profissionais. Todas as personagens à volta de Ilitch têm no seu âmago algum interesse material na sua morte ou, no caso de outras, na sua sobrevivência, mas sempre por interesses pessoais, e nenhum sentimento de verdadeira compaixão é partilhado com ele.<br />
Este é um livro sobre a morte, o sentido da vida, a solidão em que vivemos a maior parte dela, os pormenores quotidianos que definem o nosso destino, a doença, e a procura de felicidade.<br />
A minha opinião sobre o romance, não conhecendo ainda outras obras de Tolstoi, é que se trata de um livro que, embora curto, tem uma quantidade razoável de sub-temas que o autor explora com mais consciência do que, na minha opinião, genialidade. <br />
Uma comparação que faço, talvez erradamente, é com <a href="http://www.capitulonosso.blogspot.pt/2014/09/a-confissao-de-lucio-mario-de-sa.html"><i>A confissão de Lúcio</i></a>, de Sá-Carneiro, apenas pelo simples facto de ter lido estes dois livros na mesma altura. E achei este livro de Tolstoi menos genial, ou original, do que o de Sá-Carneiro, mas isso é apenas uma opinião pessoal que com certeza não será partilhada por todos, já que são ambos os livros diferentes tanto no tema como na forma de o abordar.<br />
<span style="color: #464545;"> </span><br />
<br />
Escrita: 8/10<br />
História: 7/10<br />
Personagens: 7/10<br />
Geral: 7/10
<br />
<span style="color: #464545;"> </span><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-6831351447521407882014-09-22T18:30:00.001+01:002014-09-22T18:44:06.692+01:00O homem que plantava árvores - Jean Giono<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKJtF3MD7AtMrwEjvP_ZWnCr397e244VSodVzCasyV6yu5GYNrMKnO_MID4L0w_ro64HjCy5qm7vv8xnmG4TWzDRzDeqTtMz13KvvkuREhcSznb5i2iLsbAcUffA4HN4LSeAhBaL3amwg/s1600/ohqpa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKJtF3MD7AtMrwEjvP_ZWnCr397e244VSodVzCasyV6yu5GYNrMKnO_MID4L0w_ro64HjCy5qm7vv8xnmG4TWzDRzDeqTtMz13KvvkuREhcSznb5i2iLsbAcUffA4HN4LSeAhBaL3amwg/s1600/ohqpa.jpg" height="320" width="199" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgavdVr3NtoK91K0RpBQ1ZNejLw2hVwzzU8sHw7zQu92rcPf7OSAc_duxeLLFlMyVdbXr8yYCi8cRsOIm9MjbwYYE3_UPasxfo08bPVJvPP1-1UY0uiZhFPW0Jh_pMpYiUg7PQmhQHWAYl0/s1600/ohqpa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a>
<i>O homem que plantava árvores</i>, de Jean Giono (Marcador)<br />
<b>Título original: </b>L'Homme Qui Plantait Des Arbres<br />
<b>Ano:</b> 1953<br />
<b>Tradução para a Língua Portuguesa:</b> Manuel Oliveira<br />
<br />
<b>Sinopse:</b><br />
Inspirado em acontecimentos verdadeiros, traduzido em diversas línguas e largamente difundido pelo mundo inteiro,<i> O Homem Que Plantava Árvores</i> é uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta.<br />
Narra a vida de um homem e o seu esforço solitário, constante e paciente, para fazer do sítio onde vive um lugar especial.<br />
Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculo, faz, do nada, surgir uma floresta inteira - com um ecossistema rico e sustentável.<br />
É um livro admirável que nos mostra como um homem humilde e insignificante aos olhos da sociedade, a viver longe do mundo e usando apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das regiões mais inóspitas e áridas de França.<br />
Continua a ser lido por milhares de leitores em todo o mundo e a servir-lhes de inspiração, transformando a sua relaão com a natureza e fazendo-os acreditar na sua própria força interior.<br />
<br />
Eu, pessoalmente, considero <i>O homem que plantava árvores</i> um conto à frente do seu tempo. A preocupação ecológica e social de Giono faz com que este conto seja ainda actual, e de uma leitura tão agradável que pode ser lido em meia hora ou pouco mais. Para quem admira a obra de Saint-Exupéry, <a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/o-principezinho-antoine-de-saint.html"><i>O Principezinho</i></a>, encontrará neste <i>O homem que plantava árvores</i> algo em comum que é difícil explicar o quê. Talvez a inocência do conto, a forma sonhadora como é escrito, qualquer coisa que, tal como no <a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/o-principezinho-antoine-de-saint.html"><i>O Principezinho</i></a>, nos faz querer voltar a ler este conto ano após ano, encontrando de todas as vezes algo de novo.<br />
A avaliação deste livro não pode ser comparada como outros por números, apenas recomendo vivamente por ser de leitura fácil e por nos fazer sentir qualquer coisa de infantil, de humilde e, ao mesmo tempo, uma vontade de mudar qualquer coisa em nós.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-65671379183730479952014-09-19T20:08:00.003+01:002014-09-19T20:14:48.140+01:00A ilha - Sándor Márai<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLZW_O3Dy7wljUaPvZ9o-SJUdT2ElN_dmqkPWbhfRxNusfaAacdsYJdqkR9g7hY-s1zYfR1vCHrZRN-RpJjrDOkLdLWgOALiOIXhOBAOqXIYfn7Y8w2SsxMhe7SJEVF84aE-dtFlhlGfsb/s1600/ai.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLZW_O3Dy7wljUaPvZ9o-SJUdT2ElN_dmqkPWbhfRxNusfaAacdsYJdqkR9g7hY-s1zYfR1vCHrZRN-RpJjrDOkLdLWgOALiOIXhOBAOqXIYfn7Y8w2SsxMhe7SJEVF84aE-dtFlhlGfsb/s1600/ai.jpg" height="320" width="207" /></a></div>
<i>A ilha</i>, de Sándor Márai (D.Quixote)<br />
<b>Título original:</b> A Sziget<br />
<b>Ano: </b>1934 <b><br />Tradução para a Língua Portuguesa:</b> Piroska Felkai<br />
<br />
<b>Sinopse:</b><br />
Se o professor Viktor Henrik Askenasi, viajando de Paris em direcção à Grécia, decide parar em Dubrovnik (na época ainda chamada Ragusa), é porque - tal como muitas personagens de Márai - tem ali um encontro com o destino. Porque é ali que poderá encontrar a resposta à pergunta que sempre o atormentou - e que o levou, alguns meses antes, a deixar a família,, os estudos e o ensino de grego antigo para ir viver com uma duvidosa bailarina russa. Situação banal, embora bastante «inconveniente», como consideram os seus amigos e colegas: um homem maduro que se apaixona por uma jovem atraente. Mas não: à turbulenta Eliz, como a todas as mulheres que conheceu, Askenasi não fez mais do que pedir a resposta que incessantemente tem procurado. Mas nem mesmo ela, com a sua sensualidade solar e o seu generoso despudor, foi capaz de lha dar: Eliz não era a meta, podia apenas mostrar-lhe o caminho.<br />
Agora, chegado a um hotel de uma pequena estância balnear na costa da Dalmácia, Askenasi pretende recuperar da depressão em que se encontra, e foge tanto da amante que acabou de abandonar, como da esposa, da filha, dos amigos e do trabalho. Foge sobretudo da pergunta que o atormenta: o que procuramos, e nos escapa constantemente, por trás da paixão, do desejo? Que vazio incompreensível aspiramos preencher através de cada acto das nossas vidas? Mas, depois de quatro dias agitados, durante os quais revive os passos do seu adultério, Askenasi toma uma decisão repentina e louca que irá fazer tremer as fundações da sua vida.<br />
<br />
Pouco mais há a acrescentar a esta sinopse. <i>A ilha</i>, tal como grande parte da obra de Márai, é mais um romance interior, um estudo metafísico ou filosófico, sobre a procura da felicidade. A personagem de Askenasi, um homem que tem tanto de admirável como de reprovável, vive atormentado por uma constande dúvida que o assalta desde que tinha um casamento estável, e cuja resposta ele não encontrou nem no adultério. <br />
O que é isto da paixão, onde encontramos felicidade, o que sabemos sobre o amor? Nesta obra, Sándor Márai, leva-nos às suas considerações sobre estes temas, através da personagem atormentada pela felicidade e o amor completos que não encontra em ninguém.<br />
Depois de <a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html"><i>As Velas Ardem até ao Fim</i></a>, que tenho como sendo a grande obra prima de Márai, considero este livro um dos melhores do autor, juntamente com <i>A Mulher Certa</i> e <a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2014/09/a-irma-sandor-marai.html"><i>A Irmã.</i></a><br />
<br />
<i>Escrita: 9/10<br />História: 8/10<br />Personagens: 8/10<br />Geral: 8/10</i><br />
<br />
<i> <b>Outros livros do autor comentados em Capítulo Nosso:</b><br />
<a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html">As velas ardem até ao fim;</a><br />
<a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/rebeldes-sandor-marai.html">Rebeldes;</a><br />
<a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/07/heranca-de-eszter-sandor-marai.html">A herança de Eszter;</a></i><br />
<i><a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2014/09/a-irma-sandor-marai.html">A irmã;</a><br /><br /> </i>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-87873445423281434042014-09-16T20:16:00.000+01:002014-09-16T20:17:36.973+01:00História de duas cidades - Charles Dickens<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzgT_4UjpuZrdEbNHyQjkKrhq8CgWRF0kSrctR9KD8DSDBs8srmUrZscM9OFkLCqDZEzGvPNGjUsPPHIFdujXGadK24-wSVqMZmUf7bmhR6vhdi60UAHZN30ECsWX2rFa1Bi13VNjqSihn/s1600/hdc.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzgT_4UjpuZrdEbNHyQjkKrhq8CgWRF0kSrctR9KD8DSDBs8srmUrZscM9OFkLCqDZEzGvPNGjUsPPHIFdujXGadK24-wSVqMZmUf7bmhR6vhdi60UAHZN30ECsWX2rFa1Bi13VNjqSihn/s1600/hdc.jpg" height="320" width="228" /></a></div>
<i>História de duas cidades</i>, de Charles Dickens (Civilização editora)<br />
<b>Título original: </b>A tale of two cities<br />
<b>Ano: </b>1859<b><br />Tradução para a Língua Portuguesa: </b>(?) não revelado na edição do livro<br />
<b><br /></b>
<b>Sinopse:</b><br />
Ao fim de dezoito anos de prisão na Bastilha como prisioneiro político, o
envelhecido Dr. Manette é libertado e parte para a Inglaterra, onde
volta a encontrar a filha. Aí, dois homens, Charles Darnay, um
aristocrata francês exilado, e Sydney Carton, um advogado brilhante mas
de má reputação, apaixonam-se por Lucie Manette. Das ruas pacíficas de
Londres, são levados para a Paris do Reino do Terror, onde a sombra
fatal da guilhotina abarca tudo e todos.
<br />
<br />
Como se precisasse de mim para o afirmar, Dickens é, sem dúvida, um dos maiores autores clássicos da nossa História, e este <i>História de duas cidades</i> só o vem a confirmar. O tempo da narrativa passa-se durante a época da revolução francesa, e, tirando talvez Victor Hugo, ninguém desmascara tão bem as injustiças e as condições sociais da época. <br />
Apesar de ter achado o início um pouco confuso, assim que compreendemos a premissa da história, o livro todo ele devora-se capítulo após capítulo até ao seu estonteante e inesperado final. Dickens revela-se mais uma vez um génio na criação das suas personagens, na descrição das cenas, na trama em que os pequenos pormenores farão toda a diferença mais à frente, na reprodução daquela época histórica tão fascinante mas, ao mesmo tempo, tão cruel e desumana.<br />
É um livro que recomendo vivamente, ainda mais por nunca ter ouvido falar nele antes de me ter cruzado com ele. É um daqueles livros que é impossível deixar-se a meio, e que quem o termina deseja nunca o ter lido para poder voltar a repetir a experiência.<br />
<br />
Escrita: 9/10<br />
História: 9/10<br />
Personagens: 9/10<br />
Geral: 9/10Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-80116859343282865712014-09-16T19:06:00.000+01:002014-09-16T19:52:31.310+01:00O banqueiro anarquista - Fernando Pessoa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP_mdSGZ75eNYx4nQ5caDGvEfvoTWhRKspLyTsKAR3WDJk8ZhziJft8mDkZKYmjBDWGXCRIBay8e3zBtzA27K73rcUy2L45h2P7Q5rD-uubxc9LfjR1d6MXzMICUJ_cXbB5JMiJZmthw2V/s1600/oba.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP_mdSGZ75eNYx4nQ5caDGvEfvoTWhRKspLyTsKAR3WDJk8ZhziJft8mDkZKYmjBDWGXCRIBay8e3zBtzA27K73rcUy2L45h2P7Q5rD-uubxc9LfjR1d6MXzMICUJ_cXbB5JMiJZmthw2V/s1600/oba.jpg" height="320" width="195" /></a></div>
<i>O banqueiro anarquista</i>, de Fernando Pessoa (Antígona)<br />
<b>Ano</b>: 1922<br />
<br />
<b>Sinopse</b>:<br />
O paradoxo do próprio nome deste pequeno livro de Fernando Pessoa mostra bem a discussão que acontece nele. A história, se a há, é muito simples: Uma conversa entre dois homens, em que um deles, sendo banqueiro, se diz anarquista, e o outro que, como seria de esperar, duvida do anarquismo do seu interlocutor por este ser banqueiro, esse arauto do capitalismo. Durante esta discussão, Pessoa consegue justificar esta aparente contradição através do seu génio, utilizando uma profunda fundamentação e demonstrando um anarquismo diferente de todo aquele experimentado até hoje.<br />
Nesta edição da Antígona, em vez de uma sinopse vem um excerto de um texto escrito pelo próprio Fernando Pessoa:<br />
"Tão regrada, regular e organizada é a vida social portuguesa que mais parece que somos um exército do que uma nação de gente com existências individuais. Nunca o português tem uma acção sua, quebrando com o meio, virando as costas aos vizinhos. Age sempre em grupo, sente sempre em grupo, pensa sempre em grupo. Está sempre à espera dos outros para tudo.<br />
Somos incapazes de revolta e de agitação. Quando fizemos uma "revolução" foi para implantar uma coisa igual ao que já estava. Manchámos essa revolução com a brandura com que tratámos os vencidos. E não nos resultou uma guerra civil, que nos despertasse; não nos resultou uma anarquia, uma perturbação das consciências. Ficámos miseravelmente os mesmos disciplinados que éramos.<br />
Trabalhemos ao menos - nós, os novos - por perturbar as almas, por desorientar os espíritos. Cultivemos, em nós próprios, a desintegração mental como uma flor de preço. Construamos uma anarquia portuguesa."<br />
Fernando Pessoa, <i>O jornal, 8-4-195 (excertos)</i><br />
<br />
A meu ver, para melhor se conhecer o génio de Fernando Pessoa, é preciso conhecer-se tão bem, ou melhor, as suas obras em prosa como a sua obra poética. É na prosa que Fernando Pessoa muitas vezes revela as suas orientações metafísicas (como no drama estático <i>O Marinheiro</i>), emocionais (como no <i>Livro do Desassossego</i>), ou sociais (como neste <i>O Banqueiro Anarquista</i>). Neste conto de raciocínio, como o próprio Fernando Pessoa o chama, o personagem principal defende que o verdadeiro e único mal na sociedade são as convenções, ou ficções sociais, desde o dinheiro, ao Estado, à religião e ao próprio conceito de família. Um a um, Fernando Pessoa vai desconstruindo com argumentos fundamentados os dogmas que ainda hoje temos da mesma maneira que a sociedade tinha na altura de Pessoa. Ao mesmo tempo, para além de criticar o estado social em que o país se encontra(va) e defender o anarquismo, o personagem principal levanta-se contra a forma de se fazer anarquismo, afirmando que essa corrente social nada tem a ver com os sindicatos e os bombistas, que "são o lixo do anarquismo, os fêmeas da grande doutrina libertária".<br />
Sendo um conto de raciocínio e não própriamente um romance, avalio esta obra como <u>obrigatória</u> para uma consciência social.<br />
<br />
Felizmente, é possível lê-lo online <a href="http://www.cfh.ufsc.br/~magno/bancanarco.htm">Aqui</a>. <br />
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr align="left"><td><br /></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-37315462733680230152014-09-15T20:42:00.003+01:002014-09-15T20:44:15.320+01:00A confissão de Lúcio - Mário de Sá-Carneiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhm40a2SL_8LLeJyDa2Mqh0dDGU4Yojxh2Qsr7x7oLQVeGq2NKinn_a3BGoCCsdC2KIMNnn7p2ozovaG2YrnTEOTh9iEZfcDGzoleYfmazGnZBMc_1Tkg4417MdTgjDBz4pdyJiwTE67C6/s1600/acdl.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhm40a2SL_8LLeJyDa2Mqh0dDGU4Yojxh2Qsr7x7oLQVeGq2NKinn_a3BGoCCsdC2KIMNnn7p2ozovaG2YrnTEOTh9iEZfcDGzoleYfmazGnZBMc_1Tkg4417MdTgjDBz4pdyJiwTE67C6/s1600/acdl.jpg" height="320" width="206" /></a></div>
<i>A confissão de Lúcio</i>, de Mário de Sá-Carneiro (Leya)<br />
<b>Ano:</b> 1914<br />
<br />
<b>Sinopse:</b><br />
De entre as novelas de Sá-Carneiro, <i>A Confissão de Lúcio</i> foi considerada por José Régio uma obra-prima, onde estão presentes três das suas obsessões: o suicídio, o amor e o anormal avançando até à loucura.<br />
O livro conta a história de Lúcio que foi condenado a cumprir uma pena de dez anos de prisão pelo
homicídio de seu amigo Ricardo de Loureiro. Após ter cumprido
integralmente a pena, Lúcio confessa-se inocente e promete relatar toda a
verdade, por mais inverosímil que possa parecer. <br />
<br />
Este foi o livro que primeiro me deu a conhecer o génio de Mário de Sá-Carneiro. Sendo um impulsionador, juntamente com Fernando Pessoa, seu amigo íntimo, do primeiro movimento modernista em Portugal, podemos nesta sua obra observar a vanguarda literária em que Sá-Carneiro se encontrava, adoptando um estilo de escrita único cheio de interseccionismos. Neste livro, Lúcio é mais uma das personagens-tipo de Sá-Carneiro, um homem que se encontra entre a loucura e a sanidade e que se vê de repente colocado num triângulo amoroso com o seu melhor amigo Ricardo e a respectiva esposa, a misteriosa Marta. O desfecho é, como sempre em Sá-Carneiro, misterioso e sujeito a diferentes interpretações, mas que nem por isso deixa de resultar numa grande obra. <br />
A avaliação deste livro pode ser influenciada pelo momento de paixão que estou a atravessar por Mário de Sá-Carneiro, tendo já lido entretanto outras obras suas cujo comentário espero em breve deixar aqui no Capítulo Nosso. Assim sendo, avalio o livro desta forma:<br />
<br />
Escrita: 9/10<br />
História: 8/10<br />
Personagens: 9/10<br />
Geral: 9/10Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-54561861744101570762014-09-14T21:33:00.001+01:002014-09-14T21:37:02.018+01:00Sanderson e a escola de Oundle - Agostinho da Silva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaHuAUHt2_0K7gBf1Bw4tCwFuz4zt4Zjy4wnrKDg4fNoG-JhMveHDbpjy3I9k5hR47eos6hL_z4aLr8d-Fn4BRV-GSn_EpGR71Y6KzXVKjymP7JxLu9qnkq3T3SEp3TlauoD-7K3WTASP7/s1600/L03346.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaHuAUHt2_0K7gBf1Bw4tCwFuz4zt4Zjy4wnrKDg4fNoG-JhMveHDbpjy3I9k5hR47eos6hL_z4aLr8d-Fn4BRV-GSn_EpGR71Y6KzXVKjymP7JxLu9qnkq3T3SEp3TlauoD-7K3WTASP7/s1600/L03346.jpg" /></a></div>
<i>Sanderson e a escola de Oundle</i>, de Agostinho da Silva (Ulmeiro)<br />
<b>Ano: </b>1941<br />
<br />
Sinopse:<br />
"Todos eles aprenderam o contacto com Sanderson que a vida só é bela quando é uma empresa em benefício dos outros homens e do mundo, quando sai da rotina que esteriliza para os perigos da aventura intelectual ou da aventura de acção; e o ambiente em Oundle, toda a sua actividade, toda a sua admirável organização, todo o ímpeto espiritual que o animava lhes puseram, como a primeira das suas obrigações na vida, lutar para que os homens seus irmãos tenham a oficina, no campo, na escola, na vida pública, a mesma liberdade, os mesmos direitos e os mesmos deveres, os mesmos recursos e as mesmas perspectivas."<br />
<br />
Este é um livro que todos os que se interessam pelo sistema educativo, sejam eles professores, directores, encarregados de educação, alunos ou ministros, deviam ler. Esta obra expõe a ideologia educativa do próprio Agostinho da Silva através da sua personagem principal, Sanderson, que se torna director de uma escola e, a partir daí, torna-a no seu ideal educacional: Uma escola em que a criatividade do aluno não é oprimida através de castigos e disciplina, em que as matérias não são conceitos rígidos e imutáveis, em que não há separação entre aluno e professor. O objectivo da escola de Oundle é formar pessoas que tenham uma missão, a <i>sua </i>missão, no mundo.<br />
Através deste texto, Agostinho da Silva manifesta uma vez mais o seu pensamento avançado em relação à época que viveu, semeando na cabeça do leitor um sonho que ainda está por cumprir, mas que ele acredita ser realizável e, mais do que isso, inevitável.<br />
Este livro, não sendo um romance mas mais uma espécie de ensaio sobre a educação, não será avaliado da mesma forma que os outros livros aqui no Capítulo Nosso. <br />A única avaliação a ser feita é que, sobre educação e novas formas de a fazer, este livro tem nota 9/10 ou 10/10.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-66740054250374284582014-09-14T17:57:00.000+01:002014-09-14T18:16:03.725+01:00A irmã - Sándor Márai<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgisvzMbRTByfBa4D-3fCU8TLDBZVDK8XhFVY-zVJcwuuwDS-ZSUBVUZgonaFwrb_OvnI_NwE1IOSfhF83oqoECe-elofmcT14FDVpId6UeXSpBT66kO734ptba8867nuje_PFqJZ6lAKYU/s1600/a+irma.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgisvzMbRTByfBa4D-3fCU8TLDBZVDK8XhFVY-zVJcwuuwDS-ZSUBVUZgonaFwrb_OvnI_NwE1IOSfhF83oqoECe-elofmcT14FDVpId6UeXSpBT66kO734ptba8867nuje_PFqJZ6lAKYU/s1600/a+irma.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
<i>A irmã</i>, de Sándor Márai (D.Quixote)<br />
<b>Título original: </b>A Növér<br />
<b>Ano: </b>1946<b><br />Tradução para Língua Portuguesa:</b> Piroska Felkai<br />
<br />
<b>Sinopse</b>:<br />
No auge da sua carreira como pianista, Z. apanha um comboio com destino a Florença, cidade onde, a convite do governo italiano, irá dar um concerto. Pouco antes de cruzar a fronteira, é acometido por uma indisposição, e, depois da sua atuação, acaba por ser internado num hospital florentino, sendo-lhe diagnosticada uma rara doença viral. Aí, enquanto paira entre a vida e a morte, Z. levará a cabo um diálogo intenso e crítico com o seu médico, uma indagação sem concessões sobre o precário equilíbrio entre o poder curativo da ciência e o espírito de luta do paciente. Uma noite, presa do delírio causado pela morfina, Z. escuta uma voz feminina, que lhe sussurra: «Não quero que morra.» E estas palavras terão nele um efeito medicinal, levando-o a repensar aspectos fundamentais da sua vida. Será aquela «força feminina», aquela energia que age mascarada, a lutar por ele, a trazê-lo de volta à vida.<br />
Escrito em 1946, no seguimento de <i><a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html">As Velas Ardem até ao Fim</a>, </i>este romance é mais um claro exemplo da especial sensibilidade e talento do grande escritor húngaro para abordar as principais preocupações do ser humano, aquelas que transcendem as fronteiras históricas e geográficas. A paixão, o sofrimento, a doença, o êxtase provocado pela arte e o mistério da morte são alguns dos temas intemporais que Sándor Márai aborda de forma magistral ao longo destas páginas - a última obra que publicou no seu país, antes de partir para o exílio.<br />
<br />
Este é o sétimo livro de Márái a ser publicado em português. Nele encontramos temas em comum com outras suas obras, mas acima de tudo encontramos temas transversais a todo o ser humano, o que faz com que as obras de Sándor Márai não sejam tão relevantes como romances, mas sim como estudos quase metafísicos. Márai despe as sensações e emoções até se aproximar da verdade em cada uma delas. Neste livro, Márai despe temas como a doença, o amor, a morte, a arte, e é difícil para qualquer leitor não se sentir identificado com as novas sensações que o autor nos transmite ao desmascarar cada um desses conceitos. <br />
Depois de <a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html"><i>As velas ardem até ao fim</i></a>, <i>A irmã</i> encontra-se, para mim, em tão grande plano como as suas obras <i>A ilha</i> e <i>A mulher certa.</i><br />
<br />
Escrita: 8/10<br />
História: 7/10<br />
Personagens: 8/10<br />
Geral: 8/10<br />
<br />
<b>Outros livros do autor comentados em Capítulo Nosso:</b><br />
<a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html">As velas ardem até ao fim;</a><br />
<a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/rebeldes-sandor-marai.html">Rebeldes;</a><br />
<a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/07/heranca-de-eszter-sandor-marai.html">A herança de Eszter.</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-55165162344004841352014-09-13T19:12:00.002+01:002014-10-04T20:44:36.007+01:00Os cadernos de Pickwick - Charles Dickens<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrPLSUOFHnRecGr9m6tNe9d8MhfKzkdeXHVcygZ6JN_4zzM56pTyiE4tTkNReZXXZVJ8wVyF5uQM01iZy7zUqRvmFiNI9pSQW2x2FdOG4t78D7PKoiSIQmMG_WP9mqNULBbUHAz8ywE43S/s1600/index.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrPLSUOFHnRecGr9m6tNe9d8MhfKzkdeXHVcygZ6JN_4zzM56pTyiE4tTkNReZXXZVJ8wVyF5uQM01iZy7zUqRvmFiNI9pSQW2x2FdOG4t78D7PKoiSIQmMG_WP9mqNULBbUHAz8ywE43S/s1600/index.jpg" height="320" width="227" /></a></div>
<i>Os cadernos de Pickwick</i>, de Charles Dickens (Tinta da china)<br />
<b>Título original:</b> The Posthumous Papers of the Pickwick Club<br />
<b>Ano</b>: 1836<br />
<b>Tradução para a Língua Portuguesa</b>: Margarida Vale de Gato<br />
<br />
<b>Sinopse</b>:<br />
<i>Os Cadernos de Pickwick</i> foram e são um clássico instantâneo, uma referência na comédia de situação, de linguagem e de personagem, cuja influência se percebe em obras de todos os tipos - não apenas nas estritamente humorísticas. É um livro inocente sobre a inocência, em que tanto o protagonista como o autor vão, a pouco e pouco, deixando de ser inocentes. O eterno Sr. Pickwick, que começa por ser um pateta pomposo e rídiculo, é, no final do livro, um homem bondoso e puro - e, no entanto, temos a sensação de que não foi ele quem mudou. As personagens mudam pouco ou nada, ao longo do romance, mas o autor e o leitor mudam. O sarcasmo de Dickens, e o nosso, tranforma-se em admiração, embora o Sr. Pickwick se mantenha igual - como os deuses. Como diz Chesterton, «Dickens não escreveu exactmente literatura; escreveu mitologia».<br />
<br />
A extensão deste livro é capaz de assustar quem, no seu íntimo, não tenha uma motivação forte para o ler. Da minha parte, sabendo que era um dos livros preferidos de Fernando Pessoa, comecei lendo-o de espontânea vontade. Assim que começamos a ler não mais o queremos largar. O Sr. Pickwick, bem como os seus amigos Sr. Winkle, Sr. Snograss e Sr. Tupman, e o seu criado Sr. Weller, vão-se tornando, ao longo da leitura, companheiros numa viagem da qual o próprio leitor parece fazer parte. <br />
O humor sarcástico de Dickens são um óptimo incentivo para continuar a virar página após página, e, no final, acaba por se tornar num daqueles livros que não se quer acabar. Ao virar a última página, ao ler o último parágrafo, sentimos que está na hora de nos despedirmos de amigos verdadeiros, e foi quase contrariado que arrumei o livro na prateleira assim que o acabei de ler.<br />
Para finalizar, deixo um comentário do próprio Fernando Pessoa a este livro:<br />
"O Sr. Pickwick é uma das figuras sagradas da história mundial. Por favor, não se alegue que ele nunca existiu: o mesmo acontece com a maioria das figuras sagradas do mundo, e isso não as impediu de serem uma presença viva para um vasto número de réprobos consolados. Logo, se um místico pode alegar um relacionamento pessoal e uma visão nítida de Cristo, um ser humano pode alegar um relacionamento pessoal e uma visão nítida do Sr. Pickwick."<br />
<br />
Escrita: 9/10<br />
História: 8/10<br />
Personagens: 10/10<br />
Geral: 9/10Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-89973567659090772142011-06-27T18:12:00.005+01:002011-06-28T03:41:01.466+01:00Marina - Carlos Ruiz Zafón<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_CAN9jl72gakNPQr48-eZWCKSI5vA9OZgoJfWXkjoOJKoYckf-r1v7yQgvVLu1SOm4B78u-Yl3Yiy7NSXpRsKefPCrzONKvotbaU4fxqblQapBN8eeXdHviJ5j-jSJITlk7tzI5ernwk/s1600/50554_127281840652181_3416_n.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 310px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_CAN9jl72gakNPQr48-eZWCKSI5vA9OZgoJfWXkjoOJKoYckf-r1v7yQgvVLu1SOm4B78u-Yl3Yiy7NSXpRsKefPCrzONKvotbaU4fxqblQapBN8eeXdHviJ5j-jSJITlk7tzI5ernwk/s400/50554_127281840652181_3416_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5622952014144293810" /></a><br /><span style="font-style:italic;">Marina,</span> de Carlos Ruiz Zafón (Planeta)<br /><span style="font-weight:bold;">Título original:</span> Marina<br /><span style="font-weight:bold;">Ano:</span> 2010<br /><span style="font-weight:bold;">Tradução para Língua Portuguesa</span>: Maria do Carmo Abreu<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sinopse:</span><br />"Quinze anos mais tarde, a memória daquele dia voltou até mim. Vi aquele rapaz a vaguear por entre brumas da estação de Francia e o nome de Marina tornou-se de novo incandescente como uma ferida fresca.<br />"Todos temos um segredo fechado à chave nas águas-furtadas da alma. Este é o meu."<br />Na Barcelona de 1980, Óscar rai sonha acordado, deslumbrado pelos palacetes modernistas próximos do internato onde estuda. Numa das escapadelas nocturnas conhece Marina, uma raparida audaz e misteriosa que irá viver com Óscar a aventura de penetrar num enigma doloroso do passado da cidade e de um segredo de família obscuro. Uma misteriosa personagem do pós-guerra propôs a si mesmo o maior desafio imaginável, mas a sua ambição arrastou-o por veredas sinistras cujas consequências alguém deve pagar ainda hoje."<br /><br />Diz o autor que "de todos os livros que publiquei [...] <span style="font-style:italic;">Marina</span> é um dos meus favoritos."<br />De Carlos Ruiz Zafón li até hoje apenas <span style="font-style:italic;">A sombra do vento</span>, livro esse que todas as pessoas que conheço e que leram adoraram...a mim desiludiu-me. O mesmo aconteceu com este <span style="font-style:italic;">Marina</span>, precisamente pelo mesmo motivo que me desapontou <span style="font-style:italic;">A sombra do vento</span>: <br />O autor cria uma boa história, bons conflitos e boas personagens, mas no final parece sempre que podia ter feito algo mais pela história. O que me aconteceu ao ler ambos os livros foi estar tão empenhado naquelas histórias que começo a imaginar a relação final entre as personagens...e a solução final do autor deixa-me desapontando, parecendo que podia ter levado a história mais longe, mais fundo.<br />Ainda assim, é um livro que se lê bastante rápido pois a escrita de Zafón é bastante simples e agradável.<br /><br />Escrita: 6/10<br />História: 7/10<br />Ligação do leitor às personagens: 7/10<br />Geral: 7/10Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-9254603693892790592011-06-26T18:29:00.002+01:002011-06-26T18:39:53.796+01:00Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsIkfpKsca5SWXZFgR6edjROWE9rVSZu4QN-10vHOsHlF8ST9C7Oh1rIRMb_pCTORTG5dhpHhl2PFTBpE-bs0cdex9fARZ4QNk9tfMLowd5khUskcSvw_94L7SX1j12SzmKP1DMctUPo5H/s1600/mia-couto_venenos-de-deusa.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 261px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsIkfpKsca5SWXZFgR6edjROWE9rVSZu4QN-10vHOsHlF8ST9C7Oh1rIRMb_pCTORTG5dhpHhl2PFTBpE-bs0cdex9fARZ4QNk9tfMLowd5khUskcSvw_94L7SX1j12SzmKP1DMctUPo5H/s400/mia-couto_venenos-de-deusa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5622584589694394514" /></a><br /><span style="font-style:italic;">Venenos de Deus, remédios do Diabo</span>, de Mia Couto (Caminho)<br /><span style="font-weight:bold;">Ano:</span> 2008<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sinopse: </span><br />"O jovem médico português Sidónio Rosa, perdido de amores pela mulata moçambicana Deolinda, que conheceu num congresso médico, deslocou-se como cooperante para Moçambique em busca da sua amada. <br />Em Vila Cacimba, onde encontra os pais dela, espera que ela regresse do estágio que está a frequentar algures. Mas regressará ela algum dia?<br />Entretanto vão-lhe revelando, por entre a névoa que a cobre, os segredos e mistérios, as histórias não contadas de Vila Cacimba - a família dos Sozinhos, Munda e Bartolomeu, o velho marinheiro, o administrador, Suacelência e sua Esposinha, a misteriosa mensageira do vestido cinzento espalhando as flores do esquecimento."<br /><br />Mia Couto, para mim, é uma leitura obrigatória para qualquer amante de literatura, em particular de língua portuguesa. Não posso dizer que seja o melhor escritor de língua portuguesa actual porque não conheço todos, mas seria um prémio que, caso lhe fosse atribuído, jamais ousaria a discuti-lo.<br />Neste seu romance, Mia Couto presenteia-nos com o seu estilo metafórico característico e com mais uma lista de personagens que têm tanto de originais como de intrigantes.<br /><span style="font-style:italic;"><br />Escrita:</span> 9/10<br /><span style="font-style:italic;">História:</span> 7/10<br /><span style="font-style:italic;">Ligação do leitor às personagens:</span> 8/10<br /><span style="font-style:italic;">Geral:</span> 8/10<br /><br /><span style="font-style:italic;">Hugo Pinto</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-3601786723772248942011-06-26T18:13:00.004+01:002011-06-26T18:40:21.333+01:00O anjo Branco - José Rodrigues dos Santos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtS6k3lR_bIqJCvZwS8UD0WdIfZO8f3oV7EFARhvRBiG37b_k0cJXbZlsS5wEAI06Pj5c8hYFyVbKfWPfAtnwQN6vFIFch6X2AKb1ehU8Lf4kals1mC0doRA01_guL1vEMIDcBSAw1fHsX/s1600/9789896163907.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 272px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtS6k3lR_bIqJCvZwS8UD0WdIfZO8f3oV7EFARhvRBiG37b_k0cJXbZlsS5wEAI06Pj5c8hYFyVbKfWPfAtnwQN6vFIFch6X2AKb1ehU8Lf4kals1mC0doRA01_guL1vEMIDcBSAw1fHsX/s400/9789896163907.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5622581637101339026" /></a><br /><span style="font-style:italic;">O anjo Branco</span>, de José Rodrigues dos Santos (Gradiva)<br /><span style="font-weight:bold;">Ano: </span>2010<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sinopse:</span><br />"A vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo.<br />O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontando com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo.<br />No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestiido de branco transforma-se numa lenda no mato.<br />Chamam-lhe o Anjo Branco.<br />Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar.<br />Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, <span style="font-style:italic;">O Anjo Branco</span> afirma-se como o mais pujante romance publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África."<br /><br />Quem conhece o estilo de José Rodrigues dos Santos, saberá certamente da sua maior inclinação para criar histórias e passar informação sobre esse tema do que pela minuciosidade da sua escrita. <br /><span style="font-style:italic;">O anjo branco</span> foi, para mim, um dos romances mais fracos do autor, apesar de dar a conhecer ao leitor uma realidade e uma visão dos acontecimentos no Ultramar completamente diferente daquela à qual estamos habituados a associar. <br /><br /><span style="font-style:italic;">Escrita:</span> 6/10<br /><span style="font-style:italic;">História:</span> 5/10<br /><span style="font-style:italic;">Ligação do leitor às personagens:</span> 6/10<br /><span style="font-style:italic;">Geral:</span> 6/10<br /><br /><span style="font-style:italic;">Hugo Pinto</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-43105776011928880092011-06-26T18:03:00.002+01:002011-06-26T18:12:49.299+01:00O Sétimo Selo - José Rodrigues dos Santos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5m-ohsKV9ac5anOzWXSvXM_J33sxvXz32ONNvooYaK3IC1RpV1ZcUYA3bcMewVSA1T2m77W1uIy-p76XJTCz2klMThwdgWykbNx1qJqO63S2r-FoQVqBMjTF1mYHzgrTo_4i-6J7bNCDr/s1600/Christian+-+homem+do+m%25C3%25AAs+-+O+S%25C3%25A9timo+selo+-+capa.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 204px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5m-ohsKV9ac5anOzWXSvXM_J33sxvXz32ONNvooYaK3IC1RpV1ZcUYA3bcMewVSA1T2m77W1uIy-p76XJTCz2klMThwdgWykbNx1qJqO63S2r-FoQVqBMjTF1mYHzgrTo_4i-6J7bNCDr/s400/Christian+-+homem+do+m%25C3%25AAs+-+O+S%25C3%25A9timo+selo+-+capa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5622577474514655058" /></a><br /><span style="font-style:italic;">O Sétimo Selo</span>, de José Rodrigues dos Santos (Gradiva)<br /><span style="font-weight:bold;">Ano</span>: 2009<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sinopse:</span><br />"Um cientista é assassinado na Antárctida e a Interpol contacta Tomás Noronha para decifrar um enigma com mais de mil anos, um segredo bíblico (o número 666) que o criminoso rabiscou numa folha e deixou ao lado do cadáver.<br />O mistério em torno do número da Besta lança Tomás numa aventura de tirar o fôlego, uma busca que o levará a confrontar-se com o momento mais temido por toda a humanidade. O apocalipse.<br />De Portugal à Sibéria, da Antárctica à Austrália, "O Sétimo Selo" transporta-nos numa empolgante viagem às maiores ameaças que se erguem à sobrevivência da humanidade.<br />Baseando-se em informação científica actualizada, José Rodrigues dos Santos volta com este emocionante romance aos grandes temas contemporâneos, numa descoberta que poderá abalar a forma como cada um de nós encara o futuro da humanidade e do nosso planeta."<br /><br />Um excelente livro para interessados pelas questões ambientais actuais que preocupam a sociedade actual. Como li numa outra opinião podemos considerar "O Sétimo Selo" como uma forma de divulgação dos problemas ambientais a que estamos sujeitos e as suas graves consequências num futuro muito breve. O próprio autor escreve na dedicatória: "Para saberem que tudo fiz para impedir o que aí vem".<br />Uma excelente leitura!<br /><br /><span style="font-style:italic;">Avaliação: </span>9/10<br /><br />Enviada por: Ana Zaida CoelhoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-86202088113521137652011-06-26T17:52:00.004+01:002011-06-26T19:15:12.587+01:00O Lado Selvagem - Jon Krakauer<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgflEz1XkNvG0d4BCIY_CavPLhcOLmnPcqjQWbWB3pPCWuDh-hYEADKu1mW_INSdVcvb3eyAFuKtxAo4gw7Lt5EjRg03BU7L2h9eiFmAeSqIzcxcDjSD9rrlz40dnaPrVt-fUMNEUlEbgfO/s1600/O_Lado_Selvagem.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 208px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgflEz1XkNvG0d4BCIY_CavPLhcOLmnPcqjQWbWB3pPCWuDh-hYEADKu1mW_INSdVcvb3eyAFuKtxAo4gw7Lt5EjRg03BU7L2h9eiFmAeSqIzcxcDjSD9rrlz40dnaPrVt-fUMNEUlEbgfO/s400/O_Lado_Selvagem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5622574698281007490" /></a><br /><span style="font-style:italic;"><br />O Lado Selvagem</span>, de Jon Krakauer (Editorial Presença)<br /><span style="font-weight:bold;">Título original: </span> Into the wild<br /><span style="font-weight:bold;">Ano:</span> 1996<br /><span style="font-weight:bold;">Tradução para Língua Portuguesa:</span> Maria Helena Palma<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Sinopse:</span><br />"Em Abril de 1992, Christopher McCandless abandona um futuro promissor, a civilização, a sua própria identidade, doa os 25 mil dólares que constam do seu saldo bancário e parte em busca de uma experiência genuína que transcenda o materialismo do quotidiano. Rendido ao apelo ancestral e romântico da vastidão selvagem do longínquo Oeste americano, inventa para si mesmo uma nova vida e, sem o saber, dá início a uma aventura que mais tarde viria a encher as páginas dos jornais. E é com o justo sentido da dimensão trágica deste caso verídico que Jon Krakauer o recupera para criar uma narrativa iluminada, que nos cativa pela sua capacidade única de trazer para a página impressa a força indomável de um espírito rebelde e lírico. Um must para todos os viajantes da estrada e da alma."<br /><br /><span style="font-style:italic;">Avaliação:</span> 7/10<br /><br />Enviada por: Ana Zaida CoelhoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-1755911207044543572010-10-13T18:11:00.006+01:002010-10-13T19:17:44.533+01:00Admirável mundo novo - Aldous Huxley<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1DTnbUwLKkDbZ_D7TAfhrMs-LrIxeMebsFFqtBrXwiVEgI54OaeHvYnvAomGbbwP6iFD5ER1eCJpBmxnUHwpxZWBuztOj4d7xG3lFyq_085iqAeSy1SIpSbSFc4UFCkQCyDfYVhi6Evyt/s1600/admiravel+mundo+novo+aldous+huxley+frete+gratis__1C4B7A_1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 198px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1DTnbUwLKkDbZ_D7TAfhrMs-LrIxeMebsFFqtBrXwiVEgI54OaeHvYnvAomGbbwP6iFD5ER1eCJpBmxnUHwpxZWBuztOj4d7xG3lFyq_085iqAeSy1SIpSbSFc4UFCkQCyDfYVhi6Evyt/s320/admiravel+mundo+novo+aldous+huxley+frete+gratis__1C4B7A_1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527589081237526818" /></a><br /><em>Admirável mundo novo</em>, de Aldous Huxley (Circulo de leitores - Livros do Brasil)<br /><strong>Título original:</strong> Brave new world<br /><strong>Ano: </strong>1932<br /><strong>Tradução para a Língua Portuguesa: </strong>Mário Henriques Leiria<br /><br /><strong>Sinopse:</strong><br />(A edição do livro que li não trazia consigo a sinopse, no entanto fica aqui a Sinopse do livro que pode ser encontrada em "<a href="http://static.publico.clix.pt/docs/cmf2/ficheiros/17AldousHuxley/nlt.htm">www.publico.pt</a>")<br />"No mundo admirável de Aldous Huxley joga-se bridge musical e golfe de obstáculos, ouve-se música sintética e vai-se ao cinema perceptível. Aqui, as pessoas tomam “soma” para se evadirem do quotidiano. Não que se sintam cansadas ou infelizes – no “Admirável Mundo Novo” isso não existe, porque todos foram condicionados em centros de incubação para nunca o sentirem.<br />“Como poderiam importar-se? Eles nem imaginam o que é ser outra coisa”, escreve Huxley. “Eles” são clones cinzentos e tristes, separados por castas – Alfa, Beta, Gama, Delta –, e trabalham para a produção em massa. “Comunidade, identidade e estabilidade” é a divisa do Estado Mundial, numa apavorante visão do futuro.<br />Quando, em 1931, o autor britânico escreveu “Admirável Mundo Novo” (um título “roubado” à “Tempestade”, de Shakespeare), não podia imaginar que esta obra iria mudar – a par de “1984”, de George Orwell, escrito em 1948 – as utopias do século XX. <br />Na obra, a nova era começou no ano do primeiro modelo T de Henry Ford, no século XX. A ética e a filosofia do capitalismo, a técnica e a ciência ao serviço do homem tornaram-se o lema deste mundo novo – estamos no sétimo século de Nosso Ford, o deus pelo qual todos se regem.<br />Bernard Marx, um Alfa-Mais, e Lenina Crowne, da casta Beta, decidem visitar uma Reserva de Selvagens no Novo México, um dos raros espaços do mundo onde ainda há famílias, onde a vida é quase como a de hoje. Encontram John, o Selvagem, filho de uma mulher que se perdeu em visita à reserva e aí viveu durante 20 anos. O Selvagem é trazido para o Mundo Novo como um troféu, a glória dos investigadores que descobriram o exotismo do mundo perdido.<br />Inevitável será o confronto entre o Selvagem e a utopia. Aqui não há tempo para as paixões, as famílias, a solidão, os sonhos. Aqui já não há Shakespeare, já não há amor. “Quem diz castidade, diz paixão; quem diz castidade, diz neurastenia. E a paixão e a neurastenia são a instabilidade. E instabilidade é o fim da civilização” – este é o “Admirável Mundo Novo”.<br />Em 1946, Huxley escreveu no prefácio à obra: “Um estado totalitário verdadeiramente 'eficiente’ será aquele em que o todo-poderoso comité dos chefes políticos e o seu exército de directores terá o controlo de uma população de escravos que será inútil constranger, pois todos eles terão amor à sua servidão. Fazer que eles a amem, tal será a tarefa.” Será que nunca estivemos tão próximos da utopia?"<br /><br />A minha opinião sobre este livro é demasiado falaciosa, uma vez que, sendo este um dos livros mais marcantes do século passado, eu não consegui ver o motivo de tamanho fanatismo.<br />É certo, isso é, que o livro fala duma sociedade supostamente utópica mas que parece encontrar-se tão perto de nós ao mesmo tempo. É certo que existem inúmeras ligações indirectas a acontecimentos ou personagens marcantes de tempos passados e que fazem todo o sentido, e aí, a meu ver, se encontra a genialidade do autor.<br />No entanto, para mim, um livro tem tem de ter duas coisas essenciais: substância e história. E este livro tem imensa substância, isso tem, mas a meu ver falta-lhe uma história à altura.<br />Sinto que o meu "amadorismo" pode magoar pessoas que realmente se apaixonaram por esta obra, no entanto, como disse no início, receio que, apesar de ter "apanhado" inúmeras indirectas e lido muito nas entrelinhas, houve algo de maior que não consegui perceber.<br />Para uma avaliação mais precisa desta obra, encontrei um texto num site que poderá interessar a quem já leu o livro, uma vez que faz uma análise bastante detalhada da obra. Esse texto pode ser lido no site <a href="http://www.revistacriacao.net/admiravel_mundo_novo.htm"><a href="http://">www.revistacriacao.net</a></a>.<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=2cF-GW0TQkI&feature=player_embedded">Ver vídeo sobre o Admirável mundo novo.</a><br /><br /><em>(Esta é a primeira vez em que tenho de sublinhar que esta é a </em>minha <em>opinião, que pode estar errada. Como sinto que o meu julgamento pode estar neste caso verdadeiramente errado, troquei o critério de avaliação "geral" por um de "substância".)<br /><br /></em><em>Escrita:</em> 6/10<br /><em>História</em>: 4/10<br /><em>Substância:</em> 8/10<br /><em>Ligação do leitor às personagens:</em> 4/10<br /><br /><em>Hugo Pinto</em>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-18969812711707181812010-09-02T15:50:00.003+01:002010-09-02T15:55:27.795+01:00Dom Casmurro - Machado de Assis<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3itCirHZpLlajlh_0WUXaOxczZai7fdeXE0j_WYTmL4i_RvOaUZex_fpykzu_8dfckP5XVfC6p9qdg5mjBsiKrm5-cVMqOlrPBlCuyZYB7TGMr98_LB2Rz0b-3Cjqxrtccry23HHKzKKD/s1600/dom+casmurro.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 218px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3itCirHZpLlajlh_0WUXaOxczZai7fdeXE0j_WYTmL4i_RvOaUZex_fpykzu_8dfckP5XVfC6p9qdg5mjBsiKrm5-cVMqOlrPBlCuyZYB7TGMr98_LB2Rz0b-3Cjqxrtccry23HHKzKKD/s320/dom+casmurro.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512329900109929026" /></a><br /><em>Dom Casmurro,</em> de Machado de Assis (FTD)<br /><strong>Ano</strong> (primeira edição): 1899<br /><br /><strong>Sinopse:</strong><br />"Publicado em 1899, Dom Casmurro é considerado um dos grandes romances da literatura brasileira. Machado de Assis (1839-1908) retratou a cidade do Rio de Janeiro durante a segunda metade do século XIX e criou o personagem Bentinho que, diante de seu gosto pelo isolamento, também era conhecido como Dom Casmurro. <br /><br />Órfão de pai e protegido do mundo pelo círculo doméstico e familiar, o narrador-personagem possuía uma vizinha desde sua infância, Capitu, com quem veio a se casar. Quando chega aos seus 54 anos, o atormentado Bentinho decide escrever a história da sua vida, envolta por uma eterna controvérsia quanto a possível traição de sua esposa."<br /><br />Machado está acima de comentários de pobres leitores mortais.<br />O mestre mostra com este clássico o porquê do tamanho de seu nome, mais uma vez.<br />Mas ainda acho que a Capitu era inocente, mulher que é mulher não entrega a outra nem sob tortura!<br />O que você acha?<br /><em><br />Avaliação: 10</em><br /><br /><em>Enviada por: Nathi</em>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-30838368170828267642010-09-02T15:26:00.003+01:002010-09-02T15:42:48.749+01:00A Cidade e as Serras - Eça de Queirós<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Uxgd1VXqCfpXFw0y0t20koBYDR9CbgtDNBaMpta91iN_Ev96Ha4De6Bgv7jFDRCN1fu8uPGJSeGH73M9xxsA9vRi5KgWmLrlzckM6IGPQNCNZwgDKIV0afsl6tHoVqRBf3EJ9vjn4iBa/s1600/CapaACidadeeasSerras.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Uxgd1VXqCfpXFw0y0t20koBYDR9CbgtDNBaMpta91iN_Ev96Ha4De6Bgv7jFDRCN1fu8uPGJSeGH73M9xxsA9vRi5KgWmLrlzckM6IGPQNCNZwgDKIV0afsl6tHoVqRBf3EJ9vjn4iBa/s320/CapaACidadeeasSerras.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512326652543924866" /></a><br /><em>A Cidade e as Serras</em>, de Eça de Queirós (Ática)<br /><strong>Ano </strong>(primeira edição): 1901<br /><strong><br />Sinopse:</strong><br />"O consumismo, a poluição, o caos urbano são temas que já incomodavam Eça de Queirós no final do século XIX.<br /><br />Neste romance, Jacinto, ávido entusiasta do progresso, vive em Paris se entupindo com as últimas novidades tecnológicas, muitas inúteis. Mas uma viagem para as serras de Portugal, em meio à natureza, o levará a uma inquietação cada vez mais contemporânea: será que o culto à tecnologia e o ritmo de vida moderno não estariam nos afastando de nossa verdadeira essência?"<br /><br />Na época que li, ainda no colégio, não tinha maturidade suficiente pra entender a profunda filosofia de vida que o livro expressa. Apesar disto, gostei bastante, também sou uma pessoa ligada às coisas simples, como as das Serras.<br /><br /><em>Avaliação: 8<br /><br />Enviada por: Nathi </em>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-14262289404497275542010-07-21T03:40:00.004+01:002014-09-14T18:15:37.133+01:00A herança de Eszter - Sándor Márai<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBPOorg8j892eIe3wQyPeYOPtcXCLMXUCHvKg9WyecGgHZ8h0n7VaRUjXxxxRJvQVumBo2CroedidONE8XjTa1fOUX5BI5wppNDLr_eQCgHEAneLHD0xMX8nEYaBbJXVW6yCT7iUkJ4Q4Y/s1600/a+heran%C3%A7a+de+eszter.jpg"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBPOorg8j892eIe3wQyPeYOPtcXCLMXUCHvKg9WyecGgHZ8h0n7VaRUjXxxxRJvQVumBo2CroedidONE8XjTa1fOUX5BI5wppNDLr_eQCgHEAneLHD0xMX8nEYaBbJXVW6yCT7iUkJ4Q4Y/s320/a+heran%C3%A7a+de+eszter.jpg" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496188247218503282" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 300px; margin: 0 10px 10px 0; width: 198px;" /></a><br />
<i>A herança de Eszter</i>, de Sándor Márai (Dom Quixote)<br />
<b>Título original:</b> Eszter Hagyatéka<br />
<b>Ano: </b>2006<br />
<b>Tradução para a Língua Portuguesa: </b>Ernesto Rodrigues<br />
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<b>Sinopse:</b><br />
"Durante vinte anos Eszter viveu uma existência cinzenta e monótona, fechada sobre si própria, esperando a morte e sonhando com o retorno de um amor impossível. Até ao dia em que, inesperadamente, recebe um telegrama de Lajos, o único homem que amou e graças ao qual encontrou, por um breve período, sentido para a sua vida. Grande sedutor e canalha sem escrúpulos, Lajos não só traiu Eszter como destruiu a sua família, tirando-lhe tudo o que possuía. Agora, depois de uma ausência prolongada, regressa e Eszter prepara-se para o receber comovida e perturbada por sentimentos contraditórios."<br />
<br />
Ao terceiro livro de Sándor Márai, deparo-me, tal como a personagem principal deste romance, Eszter, com sentimentos contraditórios: Por um lado, depois de <a href="http://capitulonosso.blogspot.com/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html">"As velas ardem até ao fim", </a>nenhum dos outros dois livros me encheu tanto "as medidas", o que sabe sempre um pouco a desilusão. Por outro, Sándor Márai consegue tanto no anteriormente referido <a href="http://capitulonosso.blogspot.com/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html">"As velas ardem até ao fim"</a> como neste "Herança de Eszter" levar-nos às profundezas dos pensamentos e emoções das personagens, o que nos faz, de certa forma, comover com a leitura. <br />
Para mim, o livro anteriormente referido continua a ser o livro mais genial do autor, sem dúvidas. No entanto, este livro está bem conseguido não tanto pela história em si, mas pela escrita única e marcante de Sándor Márai.<br />
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<i>Escrita: 8/10<br />História: 6/10<br />Ligação do leitor às personagens: 7/10<br />Geral: 7/10</i><br />
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Outros títulos do autor comentados em Capítulo Nosso:<i><br /></i><a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/as-velas-ardem-ate-ao-fim-sandor-marai.html">As velas ardem até ao fim</a>;<br /><a href="http://www.capitulonosso.blogspot.pt/2010/05/rebeldes-sandor-marai.html">Rebeldes;</a><br /><a href="http://capitulonosso.blogspot.pt/2014/09/a-irma-sandor-marai.html">A irmã.</a><i><br /></i><br />
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<i><br />Hugo Pinto</i>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-9718072696084232662010-07-15T15:17:00.001+01:002010-07-15T15:20:47.306+01:00Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra - Mia Couto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAc1DSln9m21zUFqHODY0bk3jtAjCllZbuF26dwot4dPS7Pv1o72eyxYq6Al0mP_Fqtil7f1LdmIhGKjPymo_a4x6fFg50qZD2_4c0lX8Jsvaxsfs-Cf5HIuS-jVKcbyDZPSIMsZ-Gzi6F/s1600/mia.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 120px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAc1DSln9m21zUFqHODY0bk3jtAjCllZbuF26dwot4dPS7Pv1o72eyxYq6Al0mP_Fqtil7f1LdmIhGKjPymo_a4x6fFg50qZD2_4c0lX8Jsvaxsfs-Cf5HIuS-jVKcbyDZPSIMsZ-Gzi6F/s320/mia.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494137807151220578" /></a><br /><em>Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra</em>, de Mia Couto (Caminho)<br /><strong>Ano:</strong> 2002<br /><br /><strong>Sinopse:</strong><br />"Um jovem estudante universitário regressa à sua ilha-natal para participar no funeral de seu avô Mariano. Enquanto aguarda pela cerimónia ele é testemunha de estranhas visitações na forma de pessoas e de cartas que lhe chegam do outro lado do mundo. São revelações de um universo dominado por uma espiritualidade que ele vai reaprendendo. À medida que se apercebe desse universo frágil e ameaçado, ele redescobre uma outra história para a sua própria vida e para a da sua terra.<br />A pretexto do relato das extraordinárias peripécias que rodeiam o funeral, este novo romance de Mia Couto traduz, de uma forma a um tempo irónica e profundamente poética, a situação de conflito vivida por uma elite ambiciosa e culturalmente distanciada da maioria rural.<br />Uma vez mais, a escrita de Mia Couto leva-nos para uma zona de fronteira entre as diferenças racionalidades, onde percepções diversas do mundo se confrontam, dando conta do mosaico de culturas que é o seu país e das mudanças profundas que atravessam a sociedade moçambicana actual."<br /><br />Este foi o segundo livro de Mia Couto que li, depois de Jesusalém, e posso dizer que fiquei rendido à sua forma de escrever. À sua sensibilidade, às suas metáforas, aos elementos que coloca na história, à sua forma própria de escrita. <br />Este não é um livro genial, longe disso, na minha opinião. Muito por culpa talvez da minha ignorância, porque quando leio Mia Couto fico com a sensação de que houve algo no livro que não percebi. Este livro tem alguma fantasia mas que, a meu ver, nada prejudica a história. <br />Ao segundo livro lido do autor, posso dizer que Mia Couto é um nome que recomendo.<br /><br /><em>Escrita: 8/10<br />História: 6/10<br />Ligação do leitor às personagens: 5/10<br />Geral: 6.5 /10<br /><br />Hugo Pinto</em>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-58862647979510652362010-07-15T02:42:00.002+01:002010-07-15T03:10:45.816+01:00O Mistério dos MMM - Raquel de Queiroz; Antônio Callado; Dinah S. de Queiroz; Orígenes Lessa; Viriato Corrêa; José Condé; Jorge Amado; Lúcio Cardoso;<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKxbOSuTVzYlGC-LaQ54kZGO9nchYzrV_imkUHgQhSpVUMi7vHb2gOpwdwb5DzVYNcYTXBNvz_FIBkooEDttwyEJIGbzQ3qBZ-pV8ARWW0OppTctskxUnyGyJGLG66VQFdIg4c-7x9mgaF/s1600/O_MISTERIO_DOS_MMM_1241436135P.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 305px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKxbOSuTVzYlGC-LaQ54kZGO9nchYzrV_imkUHgQhSpVUMi7vHb2gOpwdwb5DzVYNcYTXBNvz_FIBkooEDttwyEJIGbzQ3qBZ-pV8ARWW0OppTctskxUnyGyJGLG66VQFdIg4c-7x9mgaF/s320/O_MISTERIO_DOS_MMM_1241436135P.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493949677408111906" /></a><br /><em>O Mistério dos MMM,</em> de Raquel de Queiroz; Antônio Callado; Dinah S. de Queiroz; Orígenes Lessa; Viriato Corrêa; José Condé; Jorge Amado, Lúcio Cardoso, Guimarães Rosa e Herberto Sales. (Ediouro)<br /><strong>Ano:</strong> 1973<br /><br /><strong>Sinopse:</strong><br />"Romance policial escrito por Rachel de Queiroz, Antônio Callado, Dinah S. de Queiroz, Orígenes Lessa, Viriato Corrêa, José Condé, Jorge Amado, Lucio Cardoso, Guimarães Rosa e Herberto Sales.<br />DA CURIOSIDADE QUE DESPERTA O TÍTULO DA NARRAÇÃO AO SEU EPÍlOGO, O LIVRO ARREBATA OS LEITORES E OS CAPÍTULOS SE COORDENAM DE TAL MANEIRA QUE PARECE TEREM SIDO ESCRITOS POR UM SÓ AUTOR. <br />A polícia se perde num emaranhado de inquéritos em torno de crimes que começam pelo mistério dos MMM, isto é, da mesma letra M no lugar da assinatura nas cartas de mulheres, contidas em três diferentes maços de papéis encontrados na escrivaninha de um milionário. <br />CONSIDERAÇOES SOBRE OS AUTORES E SUA OBRA <br />Todos os co-autores deste palpitante romance policial dispensam apresentação. São nomes bastantes conhecidos de nosso público ledor. Todos eles ficcionistas, cujos livros se colocam entre os melhores de nossa literatura. Obra de co-autoria, rondando assuntos misteriosos não é esta a primeira entre nós, porém a mais bem urdida e a que caminhou de maneira mais precisa para o desfecho. Em Portugal, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão escreveram conjuntamente O Mistério da Estrada de Sintra. Já tivemos também, na belle époque, um livro feito por um grupo dos mais famosos escritores, como Afrânio Peixoto, Coelho Neto, Viriato Corrêa e Medeiros e Albuquerque, intitulado O Mistério e que não ficou devendo nada aos melhores romances policiais estrangeiros, de que possuímos tantas traduções. João Condé, coordenador da presente obra. entregou a primeira tarefa a Viriato Corrêa, o mais velho do conjunto, em homenagem ao sobrevivente do grupo de O Mistério. Dizer que a incumbência do primeiro seria a mais fácil e a do último a mais difícil, é coisa muito duvidosa. Tanto começar como terminar depende, é claro, de muito talento, para perfeição do todo da obra. Os capítulos se sucedem com uma naturalidade tal que se tornaria difícil identificar o estilo deste ou daquele escritor, caso não viessem acompanhados de seus nomes. O interessante é que o coordenador do trabalho não forneceu aos co-autores nenhum roteiro. Diz ele: ʺcada um procurou criar as situações mais embaraçosas para o outro. o que faz lembrar as dificuldades que o velho Eça transferia ao seu companheiro Ramalho, na feitura de O Mistério da Estrada de Sintra. Vale, pois, a obra por essa ʺporfia de talento e imaginaçãoʺ, que a colocou entre as melhores de quantas já foram escritas no mesmo gênero, em nossa língua. No luxuoso apartamento de um banqueiro, em Copacabana, é encontrado o cadáver de um homem estendido de borco sobre o tapete do salão e, na banheira, foi a polícia ainda encontrar uma perna de mulher, desarticulada pelo joelho. Na escrivaninha do banqueiro, três diferentes maços de papéis, contendo cartas de mulheres. eram um misterioso indício para elucidar o tenebroso caso. Não havia nome a assiná-las. Apenas a letra M. Partiu a polícia para as investigações e desde então outros crimes se sucederam ligados à tragédia do primeiro. Cada capítulo é uma nova emoção e um novo emaranhado para a polícia e o leitor. E, como os escritores, graças ao seu brilhante talento e à sua rica imaginação, passavam as tarefas de desvendar o mistério uns para os outros, o livro ganhou admiráveis proporções em seu valor, tanto no aspecto literário como no fim a que fora proposto. É, portanto, uma dessas obras que se colocam na galeria de ouro da ficção brasileira."<br /><br />O livro é muito interessante, o estilo é mais para infanto-juvenil, mas tem sua magia. Às vezes a mudança de escritor faz com que a obra se torne mais fraca, outra mais forte, depende do estilo que mais for agradando o leitor.<br /><br /><em>Avaliação: 8</em><br /><br /><em>Enviada por: Nathi</em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-68402317843491027792010-07-13T21:46:00.002+01:002010-07-13T21:53:37.028+01:00A Conspiração - Dan Brown<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh04DMDnqf8mgIa6FCMmcDQqn5x2ofDVghU7jsPTJydxhV_szQ8Tv_SpiGb5i2bq64jp6NiN35IPCcRAaE-dM3VxJhyXm46V7SMBPKX2suzNTTQMvC_z0LlGoOvb_kZLHu3Xt3ZFjzkBVbQ/s1600/a_conspiracao_dan_brown.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 210px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh04DMDnqf8mgIa6FCMmcDQqn5x2ofDVghU7jsPTJydxhV_szQ8Tv_SpiGb5i2bq64jp6NiN35IPCcRAaE-dM3VxJhyXm46V7SMBPKX2suzNTTQMvC_z0LlGoOvb_kZLHu3Xt3ZFjzkBVbQ/s320/a_conspiracao_dan_brown.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493496860710402930" /></a><br /><em>A Conspiração</em>, de Dan Brown (Bertrand Editora)<br /><strong>Título original:</strong> Deception Point<br /><strong>Ano:</strong> 2005<br /><strong>Tradução para a Língua Portuguesa:</strong> Ana Patrícia Xavier<br /><br /><strong>Sinopse:</strong><br />ʺQuando um satélite da NASA descobre um estranho objecto enterrado nas profundezas do gelo do Árctico, a agência espacial vangloria-se de uma vitória de que muito necessita - uma vitória com profundas repercussões para a política interna da NASA e para a futura eleição presidencial. para verificar a autenticidade da descoberta, a Casa Branca chama a especialista dos Serviços Secretos, Rachel Sexton. Acompanhada por uma equpa de peritos, que conta com o carismático erudito Michael Tolland, Rachel viaja para o Árctico e desvenda o impensável: uma fraude científica.Trata-se de uma conspiração audaz para lançar o mundo num vórtice de controvérsia. Mas, antes de avisarem o presidente, Rachel e Michael caem na emboscada duma equipa de assassinos. Tentam salvar a vida numa paisagem letal e inóspita, mas a única esperança de sobrevivência é descobrirem o cabecilha desta terrível conspiração.Quando se descobre a verdade, é a mais espantosa conspiração de todas.ʺ<br /><br />Para quem gosta de livros sobre história de conspiração, este é um brilhante livro. Aborda também a temática da existência de vida para além do planeta Terra. Bem ao estilo da escrita de Dan Brown, a história mantém um registo de mistério e ʺsuspenseʺ que faz com que o leitor não queira parar de ler. Na minha opinião outro excelente livro de Dan Brown.<br /><br /><em>Avaliação: 8</em><br /><br /><strong>Outros títulos do autor:</strong><br />O código Da Vinci (The Da Vinci code) 2004;<br />Anjos e demónios (Angels and demons) 2005;<br />Fortaleza digital (Digital Fortress) 2006.<br />O símbolo perdido (The lost symbol) 2009.<br /><br /><em><em>Enviada por: </em>Ana Zaida Coelho</em>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-30410767449471811512010-06-27T14:40:00.005+01:002010-06-27T14:59:03.008+01:00Bandeira de Bolso: Uma antologia poética - Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP2T9fWO3vo__37qnSViGp7Unl-cJw4AMwstfUYQZ7krMhcQYUVro7stl-CgHZEaC22t_DY9laoV9GDFvHajH2Ux9krDVfDPXExy2JLDVUV5IdhLfjoV6zItHDVTg0sCQkeOLNek3dr3Qd/s1600/21371307_4.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 170px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP2T9fWO3vo__37qnSViGp7Unl-cJw4AMwstfUYQZ7krMhcQYUVro7stl-CgHZEaC22t_DY9laoV9GDFvHajH2Ux9krDVfDPXExy2JLDVUV5IdhLfjoV6zItHDVTg0sCQkeOLNek3dr3Qd/s320/21371307_4.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487452681988147858" /></a><br /><em>Bandeira de Bolso: Uma antologia poética,</em> de Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (L&PM Editores)<br /><strong>Ano:</strong> 2008<br /><br /><strong>Sinopse:</strong><br />"Organização e apresentação de Mara Jardim<br />Vou-me embora pra Pasárgada<br />Lá sou amigo do rei<br />Lá tenho a mulher que quero<br />Na cama que escolherei<br />Vou-me embora pra Pasárgada<br />(Trecho de "Vou-me embora pra Pasárgada") <br />Este volume reúne 149 poemas de Manuel Bandeira (1886-1968), o mais brasileiro dos nossos poetas. Tuberculoso desenganado que viveu até os 82 anos, modernista de primeira hora, precursor do verso livre, era, ao mesmo tempo, admirador de Olavo Bilac e das formas poéticas fixas. Bandeira, essa figura singular, trouxe à poesia a realidade do país, a ginga, a malandragem, a fala das ruas, os pequenos personagens e até mesmo nomeou os sentimentos coletivos da alma nacional (como na estrofe acima). E deu a esses fenômenos sua mais bela expressão. Poeta e voz única, intelectual de proa da nossa cultura, aqui estão reunidos seus mais populares e significativos poemas."<br /><br />O livro é ótimo para quem deseja ter uma ideia sobre a obra do Manuel Bandeira. A seleção foi muito bem realizada, impossível não se apaixonar por este pernambucano ao decorrer da leitura.<br /><br />Avaliação: 10<br /><br /><em>Enviada por: Nathi</em>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-533426909263925165.post-34124548767040061662010-06-27T14:29:00.006+01:002010-06-27T17:11:43.253+01:00Por que os homens amam as mulheres poderosas? - Sherry Argov<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMAy6a0J6Y0l2d20sXuOWuj1IfRlXAE3pRWDlStBV8M4fLiJqSOhWoVYi3B5xPkvrYYGE_U9FJUuYo3e-dCMIuk-cIFQKSDd9jkFSUjCR79oOa31e8ukV-gDhqme6DOa48TtYsSoJljwZM/s1600/Por_Que_Os_Homens_Amam_As_Mulheres_Poderosas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 221px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMAy6a0J6Y0l2d20sXuOWuj1IfRlXAE3pRWDlStBV8M4fLiJqSOhWoVYi3B5xPkvrYYGE_U9FJUuYo3e-dCMIuk-cIFQKSDd9jkFSUjCR79oOa31e8ukV-gDhqme6DOa48TtYsSoJljwZM/s320/Por_Que_Os_Homens_Amam_As_Mulheres_Poderosas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5487447435013350274" /></a><br /><em>Por que os homens amam as mulheres poderosas?, </em>de Sherry Argov (Sextante)<br /><strong>Título original:</strong> Why men love bitches?<br /><strong>Ano: </strong>2000<br /><strong>Tradução para a Língua Portuguesa:</strong> Simone Reisner<br /><br /><strong>Sinopse:</strong><br />"Você cancela todos os seus planos esperando um possível telefonema de um homem que acabou de conhecer? Tem a sensação de que, por mais que tente agradar seu parceiro, ele sempre parece distante ou desinteressado?Então, se você deseja construir um relacionamento estável, saudável e divertido - com esse homem ou com qualquer outro -, está na hora de mudar de postura.Não é que você não seja suficientemente boa. É que você é boazinha demais. E não há nada mais enfadonho para um homem do que uma mulher que passa o tempo todo se esforçando para agradá-lo.Se você se enquadra nesse padrão, não se desespere. Este livro pode ajudá-la a dar uma guinada em sua vida amorosa. Com um texto envolvente, Sherry Argov criou um verdadeiro manual que vai fazê-la entender de uma vez por todas por que os homens amam as mulheres poderosas.A partir de centenas de entrevistas, a autora descobriu as principais atitudes que diferenciam as mulheres boazinhas das poderosas e as reuniu neste livro bem-humorado e transformador."<br /><br />Gostei bastante, a leitura flui bem com as colocações engraçadas, até em momentos de tratar de relacionamentos sérios.Conta alguns segredos importantes do mundo masculino e como pensam estes diante de duas mulheres: a poderosa, e a não-poderosa...Qual é você? Leia e descubra!<br /><br />Avaliação: 10<br /><br /><strong>Outros títulos do autor:</strong><br />Por que os homens se casam com as manipuladoras?<br />Por que os homens se casam com as mulheres poderosas?<br /><br /><em>Enviada por: Nathi</em>Unknownnoreply@blogger.com12