quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Mistério dos MMM - Raquel de Queiroz; Antônio Callado; Dinah S. de Queiroz; Orígenes Lessa; Viriato Corrêa; José Condé; Jorge Amado; Lúcio Cardoso;


O Mistério dos MMM, de Raquel de Queiroz; Antônio Callado; Dinah S. de Queiroz; Orígenes Lessa; Viriato Corrêa; José Condé; Jorge Amado, Lúcio Cardoso, Guimarães Rosa e Herberto Sales. (Ediouro)
Ano: 1973

Sinopse:
"Romance policial escrito por Rachel de Queiroz, Antônio Callado, Dinah S. de Queiroz, Orígenes Lessa, Viriato Corrêa, José Condé, Jorge Amado, Lucio Cardoso, Guimarães Rosa e Herberto Sales.
DA CURIOSIDADE QUE DESPERTA O TÍTULO DA NARRAÇÃO AO SEU EPÍlOGO, O LIVRO ARREBATA OS LEITORES E OS CAPÍTULOS SE COORDENAM DE TAL MANEIRA QUE PARECE TEREM SIDO ESCRITOS POR UM SÓ AUTOR.
A polícia se perde num emaranhado de inquéritos em torno de crimes que começam pelo mistério dos MMM, isto é, da mesma letra M no lugar da assinatura nas cartas de mulheres, contidas em três diferentes maços de papéis encontrados na escrivaninha de um milionário.
CONSIDERAÇOES SOBRE OS AUTORES E SUA OBRA
Todos os co-autores deste palpitante romance policial dispensam apresentação. São nomes bastantes conhecidos de nosso público ledor. Todos eles ficcionistas, cujos livros se colocam entre os melhores de nossa literatura. Obra de co-autoria, rondando assuntos misteriosos não é esta a primeira entre nós, porém a mais bem urdida e a que caminhou de maneira mais precisa para o desfecho. Em Portugal, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão escreveram conjuntamente O Mistério da Estrada de Sintra. Já tivemos também, na belle époque, um livro feito por um grupo dos mais famosos escritores, como Afrânio Peixoto, Coelho Neto, Viriato Corrêa e Medeiros e Albuquerque, intitulado O Mistério e que não ficou devendo nada aos melhores romances policiais estrangeiros, de que possuímos tantas traduções. João Condé, coordenador da presente obra. entregou a primeira tarefa a Viriato Corrêa, o mais velho do conjunto, em homenagem ao sobrevivente do grupo de O Mistério. Dizer que a incumbência do primeiro seria a mais fácil e a do último a mais difícil, é coisa muito duvidosa. Tanto começar como terminar depende, é claro, de muito talento, para perfeição do todo da obra. Os capítulos se sucedem com uma naturalidade tal que se tornaria difícil identificar o estilo deste ou daquele escritor, caso não viessem acompanhados de seus nomes. O interessante é que o coordenador do trabalho não forneceu aos co-autores nenhum roteiro. Diz ele: ʺcada um procurou criar as situações mais embaraçosas para o outro. o que faz lembrar as dificuldades que o velho Eça transferia ao seu companheiro Ramalho, na feitura de O Mistério da Estrada de Sintra. Vale, pois, a obra por essa ʺporfia de talento e imaginaçãoʺ, que a colocou entre as melhores de quantas já foram escritas no mesmo gênero, em nossa língua. No luxuoso apartamento de um banqueiro, em Copacabana, é encontrado o cadáver de um homem estendido de borco sobre o tapete do salão e, na banheira, foi a polícia ainda encontrar uma perna de mulher, desarticulada pelo joelho. Na escrivaninha do banqueiro, três diferentes maços de papéis, contendo cartas de mulheres. eram um misterioso indício para elucidar o tenebroso caso. Não havia nome a assiná-las. Apenas a letra M. Partiu a polícia para as investigações e desde então outros crimes se sucederam ligados à tragédia do primeiro. Cada capítulo é uma nova emoção e um novo emaranhado para a polícia e o leitor. E, como os escritores, graças ao seu brilhante talento e à sua rica imaginação, passavam as tarefas de desvendar o mistério uns para os outros, o livro ganhou admiráveis proporções em seu valor, tanto no aspecto literário como no fim a que fora proposto. É, portanto, uma dessas obras que se colocam na galeria de ouro da ficção brasileira."

O livro é muito interessante, o estilo é mais para infanto-juvenil, mas tem sua magia. Às vezes a mudança de escritor faz com que a obra se torne mais fraca, outra mais forte, depende do estilo que mais for agradando o leitor.

Avaliação: 8

Enviada por: Nathi

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