quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Admirável mundo novo - Aldous Huxley


Admirável mundo novo, de Aldous Huxley (Circulo de leitores - Livros do Brasil)
Título original: Brave new world
Ano: 1932
Tradução para a Língua Portuguesa: Mário Henriques Leiria

Sinopse:
(A edição do livro que li não trazia consigo a sinopse, no entanto fica aqui a Sinopse do livro que pode ser encontrada em "www.publico.pt")
"No mundo admirável de Aldous Huxley joga-se bridge musical e golfe de obstáculos, ouve-se música sintética e vai-se ao cinema perceptível. Aqui, as pessoas tomam “soma” para se evadirem do quotidiano. Não que se sintam cansadas ou infelizes – no “Admirável Mundo Novo” isso não existe, porque todos foram condicionados em centros de incubação para nunca o sentirem.
“Como poderiam importar-se? Eles nem imaginam o que é ser outra coisa”, escreve Huxley. “Eles” são clones cinzentos e tristes, separados por castas – Alfa, Beta, Gama, Delta –, e trabalham para a produção em massa. “Comunidade, identidade e estabilidade” é a divisa do Estado Mundial, numa apavorante visão do futuro.
Quando, em 1931, o autor britânico escreveu “Admirável Mundo Novo” (um título “roubado” à “Tempestade”, de Shakespeare), não podia imaginar que esta obra iria mudar – a par de “1984”, de George Orwell, escrito em 1948 – as utopias do século XX.
Na obra, a nova era começou no ano do primeiro modelo T de Henry Ford, no século XX. A ética e a filosofia do capitalismo, a técnica e a ciência ao serviço do homem tornaram-se o lema deste mundo novo – estamos no sétimo século de Nosso Ford, o deus pelo qual todos se regem.
Bernard Marx, um Alfa-Mais, e Lenina Crowne, da casta Beta, decidem visitar uma Reserva de Selvagens no Novo México, um dos raros espaços do mundo onde ainda há famílias, onde a vida é quase como a de hoje. Encontram John, o Selvagem, filho de uma mulher que se perdeu em visita à reserva e aí viveu durante 20 anos. O Selvagem é trazido para o Mundo Novo como um troféu, a glória dos investigadores que descobriram o exotismo do mundo perdido.
Inevitável será o confronto entre o Selvagem e a utopia. Aqui não há tempo para as paixões, as famílias, a solidão, os sonhos. Aqui já não há Shakespeare, já não há amor. “Quem diz castidade, diz paixão; quem diz castidade, diz neurastenia. E a paixão e a neurastenia são a instabilidade. E instabilidade é o fim da civilização” – este é o “Admirável Mundo Novo”.
Em 1946, Huxley escreveu no prefácio à obra: “Um estado totalitário verdadeiramente 'eficiente’ será aquele em que o todo-poderoso comité dos chefes políticos e o seu exército de directores terá o controlo de uma população de escravos que será inútil constranger, pois todos eles terão amor à sua servidão. Fazer que eles a amem, tal será a tarefa.” Será que nunca estivemos tão próximos da utopia?"

A minha opinião sobre este livro é demasiado falaciosa, uma vez que, sendo este um dos livros mais marcantes do século passado, eu não consegui ver o motivo de tamanho fanatismo.
É certo, isso é, que o livro fala duma sociedade supostamente utópica mas que parece encontrar-se tão perto de nós ao mesmo tempo. É certo que existem inúmeras ligações indirectas a acontecimentos ou personagens marcantes de tempos passados e que fazem todo o sentido, e aí, a meu ver, se encontra a genialidade do autor.
No entanto, para mim, um livro tem tem de ter duas coisas essenciais: substância e história. E este livro tem imensa substância, isso tem, mas a meu ver falta-lhe uma história à altura.
Sinto que o meu "amadorismo" pode magoar pessoas que realmente se apaixonaram por esta obra, no entanto, como disse no início, receio que, apesar de ter "apanhado" inúmeras indirectas e lido muito nas entrelinhas, houve algo de maior que não consegui perceber.
Para uma avaliação mais precisa desta obra, encontrei um texto num site que poderá interessar a quem já leu o livro, uma vez que faz uma análise bastante detalhada da obra. Esse texto pode ser lido no site www.revistacriacao.net.

Ver vídeo sobre o Admirável mundo novo.

(Esta é a primeira vez em que tenho de sublinhar que esta é a minha opinião, que pode estar errada. Como sinto que o meu julgamento pode estar neste caso verdadeiramente errado, troquei o critério de avaliação "geral" por um de "substância".)

Escrita: 6/10
História: 4/10
Substância: 8/10
Ligação do leitor às personagens: 4/10

Hugo Pinto

4 comentários:

  1. vim ler o seu blog Belissimo Estou lhe convidando a visitar o meu e se possivel seguirmos juntos por eles Estarei grato lhe esperando lá
    http://josemariacostaescreveu.blogspot.com

    ResponderEliminar
  2. Já mo aconselharam muitas vezes...presentemente encotro-me a ler "A Pele" de Curzio Malaparte...

    ResponderEliminar
  3. Bastante bem, estou a acabar o curso de escrita para cinema e televisão. e a garota brasileira?

    ResponderEliminar