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Rebeldes, de Sándor Márai (Dom Quixote)
Título original: Zendülök
Ano: 1930; (primeira edição pela Dom Quixote): 2008
Tradução para a Língua Portuguesa: Ernesto Rodrigues
Sinopse:
"Mestre das paixões, neste romance Sándor Márai dedica-se não aos triângulos amorosos mas a outras questões igualmente susceptíveis de despertar emoções fortes: o que une um grupo de jovens revoltados contra tudo e a tudo dispostos.
E arrisca-se a levar o leitor ao centro de um enredo de erros e fúrias, cumplicidades e traições, sofrimento e cobardia – de inconfessáveis atracções e de ambíguas repulsas. Porque trata das vicissitudes e aventuras de um grupo de rapazes, ou melhor, um bando, como se definem a si próprios, no final da Primavera de 1918, numa pequena cidade da Hungria distante da frente e onde a vida, aparentemente calma, é profundamente abalada pela guerra.
Entregues a si próprios enquanto os pais combatem na frente, estes rapazes decidem libertar os demónios da sua revolta impelidos por um ódio ardente contra o mundo, pela sua imaginação e pela sua arrogância – e também por um erotismo, tão mais aceso quanto mais implícito -, deixando a guerra para o mundo dos adultos e inventando jogos demasiado perigosos. Um obscuro actor que se torna o seu mentor oculto, envolvendo-os nas suas perversas tramóias, acabará conduzindo-os a um trágico e inevitável epílogo."
Depois de As velas ardem até ao fim, as minhas expectativas para qualquer livro de Sándor Márai seriam absurdamente elevadas. Este livro, infelizmente, não correspondeu a essas expectativas, muito devido a uma escrita confusa (não sei se originalmente ou se pela tradução).
A história fala-nos de um bando de rapazes que repelam o mundo adulto e tudo o que tem a ver com ele. Este ódio cresce à medida que as suas brincadeiras se vão tornando cada vez mais complexas, e tudo culmina numa noite no teatro na companhia de um actor que, apesar de adulto, é aceite no grupo.
A premissa está bem construída, mais uma vez Sándor Márai escreve sobre a amizade (tema esse de que escreve tão bem), mas, mais uma vez digo, a escrita muitas vezes torna-se confusa, confundindo-nos nas personagens e no espaço físico. Tirando esse pormenor, o autor presenteia-nos com passagens tocantes e incrivelmente verdadeiras.
Escrita: 6/10
História: 7/10
Ligação do leitor às personagens: 7/10
Geral: 6.5/10
Outros títulos do autor comentados em Capítulo Nosso:
As velas ardem até ao fim;
A herança de Eszter;
A irmã.
Hugo Pinto
Boas, obrigado pela visita ao meu blog (que infelizmente tem andado muito descuidado), e os meus parabéns pelo teu blog.
ResponderEliminarEm relação a este autor ainda só li este livro e "A Herança de Eszter" e gostei de ambos, sei que o "As Velas Ardem Até Ao Fim" é na opinião de quase toda a gente o melhor livro dele, irei lê-lo assim que possível.
Recomendo um autor da mesma época e zona geográfica que é o Musil, também um grande escritor, merece a nossa atenção.
Fica bem