A cabana - Wm. Paul Young

A cabana, de William Paul Young com Wayne Jacobsen e Brad Cummings (Porto Editora)
Título original: The shack
Ano: 2007
Tradução para a Língua Portuguesa: Fernando Dias Antunes


Sinopse:
"Quando a tragédia se confronta com a eternidade as respostas podem ser avassaladoras!
As férias de Mackenzie Allen Phillips com a família na floresta do estado de Oregon tornaram-se num pesadelo. Missy, a filha mais nova, foi raptada e, de acordo com as provas encontradas numa cabana abandonada, brutalmente assassinada.
Quatro anos mais tarde, Mack, mergulhado numa depressão da qual nunca recuperou, recebe um bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar à malograda cabana.
Ainda que confuso, Mack decide regressar à montanha e reviver todo aquele pesadelo. O que ele vai encontrar naquela cabana mudará o seu mundo para sempre."

Diz-se que não se deve escolher um livro pela capa. Eu caí nesse erro. É inevitável não repararmos no livro quando passamos por uma bancada onde ele esteja. Tem uma capa vistosa e convidativa, e vi-me obrigado, pelo menos, a pegar nele. Não comprei o livro só pela capa, é óbvio, li a sua sinopse e agradou-me, pensei que fosse uma história trágica, onde o pai depois de perder a filha iria encontrar-se com o assassino dela na mesma cabana e a partir daí desenrolar-se uma história espectacular.
Na verdade, não é nada disto. Só posso dizer que fiquei desiludido porque estava à espera desse género de história e não da que o que o livro nos apresenta.
Mackenzie leva os seus filhos para as montanhas, onde ocorre o desaparecimento da sua filha mais nova, Missy, que, sabe-se mais tarde, foi assassinada por um assassino em série. Mackenzie cai numa depressão a que chama "A grande tristeza" e, passados alguns anos no trágico episódio, recebe uma carta em casa, assinada por "Papá", que o convida a regressar à cabana onde Missy foi encontrada brutalmente assassinada. Depois de ponderar a questão, Mackenzie decide regressar à cabana, onde tem um encontro com Deus. Toda a história anda à volta do conceito de perdão, da crença em Deus, do amor e de segundas oportunidades. Foi um livro que alterou um pouco a minha visão do conceito de divino, é verdade que sim, que me fez perdoar pessoas que me fizeram mal, também é verdade que sim. Tem passagens muito bonitas de se ler, e é um livro que se lê com facilidade. Não é um livro genial, apenas um para se ler numa visita ao campo.

Escrita: 7/10
História: 6/10
Ligação do leitor às personagens: 6/10
Geral: 6.5/10

Hugo Pinto