A vingança de Joana D'Arc - María Elena Cruz Varela

A vingança de Joana D'Arc, de María Elena Cruz Varela (Saída de Emergência)
Título original: Juana de Arco - El corazón del verdugo
Ano: 2007
Tradução para a Língua Portuguesa: António Marques Peixoto.


Sinopse:“
Vinte anos depois de Joana D'Arc ter ardido na fogueira, o Vaticano pediu uma revisão do processo que a sentenciou. O que se descobre é uma macabra teia de mentiras tecida pelos mais altos poderes da Igreja. Poderes que ainda se mantêm na sombra e estão dispostos a tudo para ocultar a verdade…inclusive voltar a matar. E a verdade está num antigo manuscrito, um documento coberto de sangue…uma prova da santidade de Joana D’Arc.
A Vingança de Joana D’Arc é um romance repleto de suspense e que nos arremessa para um final tão surpreendente quanto inesperado. Escrito de forma intimista e original, oferece uma nova visão através do olhar apaixonado de Maria Elena Cruz Varela, uma refugiada cubana que já foi candidata ao Prémio Nobel da Paz.”

Este livro passa-se 20 anos após a morte de Joana D’Arc, condenada à morte na fogueira por heresia, entre outros crimes. Um padre, Henri de Voulland, descobre um seu mentor assassinado no seu quarto do mosteiro. Uma trama elaborada por altos poderes fá-lo parecer o principal suspeito do crime, tudo isto por julgarem que o seu antigo mentor lhe teria passado um documento que ilibaria Joana D’Arc dos crimes que a tinham condenado vinte anos antes. O Padre Henri vê-se então envolvido nesta armadilha e enredo complexos, ao mesmo tempo que a narradora revela parte da sua intimidade pessoal nos tempos modernos enquanto olha para trás no tempo e tenta perceber a história que envolveu uma das personagens mais míticas da história europeia: Joana D’Arc.
Na minha opinião, é um livro com uma boa premissa, mas com uma escrita que, a meu ver, deixa muito, muito a desejar. O livro lê-se pela qualidade do enredo, mas a fatigante escrita da autora torna a tarefa penosa. Tem um final surpreendente, como diz a sinopse, que talvez possa, para algumas pessoas, compensar as arrastadas páginas que o vão construindo.
Em resumo, a nota positiva deve-se pura e simplesmente à história, e não à escrita.

Escrita: 3/10
História: 8/10
Ligação do leitor às personagens: 4/10
Geral: 5/10

Outros títulos da autora:
Dios en las cárceles de Cuba (2001);
La hija de Cuba (2005).

Hugo Pinto